sábado, 31 de janeiro de 2015

Saiba como limpar a casa sem agredir sua saúde e o meio ambiente



Uma boa forma de levar sustentabilidade para o dia a dia é começar pelas pequenas coisas, em especial aquelas que cada um faz dentro de sua casa, como reciclar o lixo e consumir alimentos orgânicos. Para além disso, muitas pessoas estão substituindo o uso de produtos de limpeza industrializados por receitas caseiras ou marcas de ecoprodutos.
Nessa busca por levar sustentabilidade para dentro de casa, a preocupação com a saúde caminha lado a lado com a vontade de adotar posturas menos nocivas ao meio ambiente. “O excesso de produtos de limpeza pode machucar tanto a pele quanto o sistema respiratório. A pele pode ficar avermelhada ou com lesões. Em geral, as mãos e o colo são as regiões mais acometidas”, alerta a Dra. Ana Paula Moschione Castro, diretora da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia).
E foi justamente por conta de uma alergia que a socióloga Renata Czekay trocou o detergente para lavar a louça pelo sabão de coco. “Minha pele das mãos sempre descamava. Os detergentes são muito fortes, minha sensação é que eles têm muita química”, conta. Renata também utiliza álcool, misturado com cravo ou alecrim, para limpar superfícies. “Além de ser eficaz, gosto porque a casa fica com um perfume mais peculiar”, explica.
A preocupação com a saúde foi determinante para a mudança de hábito do artista multimídia paulistano Dudu Tsuda. “Deixei de usar produtos industrializados para limpar minha casa por não querer tocar com a minha pele em nada que eu não pudesse ingerir. É simples, mais saudável e econômico”, explica. Tsuda utiliza uma mistura de água, álcool e vinagre para limpar todas as superfícies de casa. “Todas essas substâncias podem ser ingeridas”, ressalta.
O artista tem dois gatos e um cachorro, e a preocupação com os animais é mais um motivo para não utilizar produtos de limpeza industrializados. “Uso álcool com cravo como inseticida natural. No verão, acrescento óleo de Neem na mistura, para reforçar a ação. Aqui em casa não tem pulga nem formiga, e olha que tenho piso de taco, e pulgas adoram taco”, comemora ele.
O vinagre, além de ser muito utilizado nessa mistura caseira com álcool, também é eficaz como substituto para outros produtos. A advogada carioca Izabel Kloske trocou o amaciante por ele no enxágue de toalhas, jeans e casacos. Outra dica de Izabel é utilizar bicarbonato de sódio para limpar os metais dos banheiros e as panelas.
Especializada em direito ambiental, conta que sua profissão a aproximou de outras áreas de conhecimento que a levaram a reduzir drasticamente o uso desses produtos industrializados na limpeza de sua casa. “Conheci muitos engenheiros químicos com o meu trabalho, e também fiz pesquisas por conta própria. Há muito tempo me preocupo com o meio ambiente”. Hoje, além de trabalhar como advogada, ela também é blogueira e escreve sobre dicas para uma vida doméstica mais sustentável. “Pode parecer pequeno, mas várias pessoas estão despertando para a necessidade de conciliar os interesses e adotar práticas sustentáveis”, explica, se referindo à militância digital.
Allianz separou algumas dicas de como limpar sua casa:
Prepare seu próprio multiuso: junte 3 colheres (sopa) de bicarbonato de sódio e 1 copo de extrato de raspa de juazeiro (árvore típica do Nordeste) – as raspas você encontra em lojas de produtos naturais – com um frasco de vinagre de maçã. A solução tem validade de até seis meses se for guardada bem fechada e à sombra.
Mais utilidades do vinagre: o vinagre também pode ser utilizado para retirar a sujeira que adere no fundo das panelas. Basta colocar água e quatro colheres de sopa de vinagre dentro do utensílio, levar ao fogo e deixar ferver.
Para limpar a geladeira: usar industrializados dentro da geladeira é desaconselhável, pois os produtos podem liberar compostos que prejudicam a saúde de quem ingerir os alimentos ali armazenados. Utilize uma mistura de água, bicarbonato de sódio e sabão em pedra.
Veja mais dicas sobre sustentabilidade em sustentabilidade.allianz.com.br.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sílica: pesquisas alertam sobre o perigo da exposição ao pó residual do mármore e do granito.

Segundo estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) há atualmente, no Brasil, cerca de seis milhões de trabalhadores expostos às poeiras contendo sílica, isto é, pó residual de pedras como mármore e granito. Cerca de quatro milhões de profissionais que atuam na construção civil, correm o risco de adquirir a silicose, tipo de doença pulmonar causada pela inalação do pó.
Considerada doença profissional e até definida como acidente de trabalho, a silicose atinge diretamente trabalhadores de marmorarias rústicas, por estarem expostos diariamente ao pó produzido durante a lapidação de placas de granitos e outros minerais.
Segundo o médico pneumologista, Dr. Valter Gurtovenco, a inalação freqüente da sílica pode causar também uma outra doença, a fibrose. "Trata-se de uma pneumoconiose que endurece os pulmões e pode ser fatal. Além da fibrose, males como a pneumonia química, a bronquite e a rinite podem ocorrer com a inalação de sílica", alerta o especialista.
Órgãos como o Ministério do Trabalho e o Ministério Público de São Paulo têm realizado campanhas educativas de conscientização, junto às empresas como marmorarias, com o objetivo de alertar os profissionais sobre a importância da eliminação do excesso desta substância no ambiente de trabalho.
Para o Dr. Gurtovenco, as empresas do setor devem adotar toda a proteção necessária, como as máscaras, filtros, protetores faciais e respiratórios, além de tecnologia suficiente para evitar maiores transtornos. "O contato direto com a sílica pode provocar problemas respiratórios irreversíveis", diz o especialista.
A opção das empresas para combater este mal é a utilização de equipamentos pneumáticos à base de água. Em conseqüência disso, marmorarias estão investindo cada vez mais na aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos no sentido de proteger seus funcionários de possíveis doenças relacionadas ao contato com a sílica.
"O setor de marmoraria deveria tratar este assunto com maior relevância. Todas as empresas deveriam passar por avaliações criteriosas no tocante à segurança e bem-estar dos profissionais. Infelizmente, isso não acontece. Muitos preferem recorrer às marmorarias de fundo de quintal por conta do preço colocando em risco à saúde dos trabalhadores. Além disso, a qualidade final dos produtos é precária" avalia B. Mioni, diretor da Tamboré Mármores, uma das maiores marmorarias do Brasil.
Segundo Mioni, funcionários do Ministério da Saúde já visitaram a empresa e se surpreenderam com as medidas tomadas pela empresa. "É obrigação do empresário oferecer condições de trabalho e qualidade aos clientes, além do cuidado com o meio ambiente para não poluir a atmosfera com a poeira", conclui.
Fonte:Divulgação
Publicado em: 18/06/2004
Via: Saúde em Movimento

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As Casas Também Podem Ser Lugares de Poder

Autor: Allan Lopes 

Toda casa, edificação, ambiente ou lugar é um ser vivo, saudável ou enfermo, conforme as condições de anatomia e fisiologia específicas que possui. Conseqüentemente, se em bom estado de funcionamento, é capaz de gerar, acondicionar e nutrir vida em seu interior ou, em caso contrário, causar, induzir e acelerar processos de degeneração e distúrbios nos seres que nele habitam. 
A ciência que estuda a saúde e a vitalidade dos ambientes, além de sua relação com a salubridade dos seres vivos neles inseridos, é conhecida por Geobiologia. 
A Geobiologia, ou Medicina do Habitat, engloba várias artes milenares e muitos conhecimentos atuais concernentes à utilização harmônica de edificações e lugares. Há quase um século, serve como elo de ligação entre o mundo antigo, com sua forma de ver e, principalmente, de perceber o mundo e a ordem de pensamento que reina na atualidade, na qual tudo o que existe só é considerado depois de medido, pesado, quantificado e qualificado. 


Vários países da Europa, notadamente a Alemanha, a França e a Espanha, aceitam a Geobiologia como uma ciência. Grande parte de suas teorias foram comprovadas cientificamente em experiências reproduzíveis em laboratório, sendo inclusive ensinadas em universidades e cursos de pós-graduação para arquitetos. Na América, porém, seu conhecimento é ainda precário e apenas começa a ser difundido de forma mais ordenada. Tudo bastante interessante, mas, na realidade, não havia nada de novo em todo este frenesi que se deu no século passado. 
As correntes telúricas e suas linhas de força eram conhecimento comum dos Druidas da antiguidade, e mesmo dos radiestesistas e Zahorís de nosso tempo. 
O conhecimento das formas foi mais do que utilizado pelos mestres-de-obra da Idade Média, dos períodos gótico e românico de construções. 
A escolha do melhor lugar para se viver ou descansar era uma técnica bastante apurada dos antigos romanos, que elegiam o local de suas cidades após um ano de observação do estado de saúde dos animais que ali pastavam. 
Povos nômades também esperavam seus animais buscarem um local de descanso adequado para, então, erigir suas tendas e gozar de um merecido repouso, em preparação para as duras caminhadas do dia seguinte.


Os chineses, com toda a sua sofisticação e observação criteriosa da natureza, desenvolveram, durante milênios, uma arte refinada de equilibrar as energias do lar, conhecida como Feng Shui. 
Os indianos possuem também sua maneira de otimizar os fluxos ambientais, através do Vaastu Shastra. 


Na Bíblia, temos o relato de Moisés, que crava o seu cajado no solo e faz brotar água. As crônicas de Bagdá do século XI trazem informes sobre seis hospitais, um deles chamado Bimaristan, ou “lugar de enfermos”, construído por volta do ano 982. 

Há uma lenda sobre sua fundação, na qual o protagonista é Al-Razi (Rhazes), que nos explica como este médico, consultado sobre o melhor lugar da cidade onde situar o edifício, colocou quatro pedaços de carne em quatro pontos da cidade, afastados entre si. A localização escolhida foi onde o pedaço de carne levou mais tempo para se deteriorar. 

Felipe II da Espanha, como muitos dos grandes monarcas, contava com uma equipe de sábios qualificados, que colaborou durante toda a construção de São Lourenço do Escorial, cuidando com sumo esmero da seleção do local, do projeto e da distribuição de todo o edifício. 
Nos dias atuais, a Geobiologia, já conhecida como tal, passa a se interessar por outras formas de contaminação da saúde humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela começa a se preocupar com o efeito colateral da explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando – com nossa saúde – pelo “conforto” advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. 


A Arte Zahorí é uma das linhas de estudo da Geobiologia que considera todos estes aspectos já descritos e, sem deixar de lado o emprego de instrumentos, insiste especialmente no desenvolvimento da percepção do indivíduo, como ferramenta de investigação geobiológica e como diretriz para a própria responsabilidade e método para evolução pessoal. Em princípio, a Arte Zahorí não considera que redes geobiológicas, águas, falhas, Chaminés, Pontos-Estrela e outras alterações naturais sejam fatores nocivos. Se estão na natureza, são parte da Ordem Natural e, portanto, podemos interagir com eles para harmonizar um lugar ou nós mesmos, como normalmente se fez ao longo da história. Apenas quando o abuso e a irresponsabilidade, tanto por ignorância como deliberada, alteram estas estruturas naturais – por exemplo, ao se construir um edifício sem levar em conta tais variáveis – pode se considerar que estes elementos sejam patológicos. Nós mesmos provocamos ou buscamos a alteração e, por conseguinte, a enfermidade. 

Somos nós, em última instância, que colhemos os frutos da nossa própria semeadura. 

É bastante conhecido o fato de que os romanos, ao eleger um local para a construção de uma cidade, faziam pastar ovelhas por um período de um ano. Elas eram então sacrificadas e seus órgãos internos, principalmente o fígado, eram analisados cuidadosamente. Caso apresentassem um grande número de doenças, deformações ou más formações, o lugar era abandonado e buscava-se um novo. 
Os Tuaregues, povo nômade da África, observam onde seus animais descansam após um dia duro de caminhada e montam ali suas barracas. Existem relatos de que os nativos norte-americanos procediam da mesma forma, observando seus animais para a escolha do melhor sítio para suas tendas. 
No interior brasileiro, observa-se que os currais são construídos nos lugares exatos onde o gado naturalmente se reúne para dormir, e é conhecido de todos o fato de cães buscarem “bons” lugares e gatos preferirem os “maus”. 
É claro que bom e mau é relativo, dependendo intensamente do lado pelo qual se observa a questão. 
No entanto, se nos limitarmos somente à observação dos acontecimentos, poderemos utilizar aquela informação de uma maneira sempre proveitosa, escolhendo o lugar do cachorro para dormir e o do gato para cavar um poço – já que normalmente se situam sobre um cruzamento de águas, embora esta não seja uma regra. 
Convém dizer também que animais domesticados podem suprimir seus instintos em troca de conforto, carinho e companhia de seus donos. 


Portanto, a análise não deve se ater apenas ao comportamento desses animais. 
A presença exacerbada de muitos insetos que vivem em sociedades organizadas, como cupins, formigas e abelhas, pode indicar uma zona que, além de geobiologicamente apresentar muitas falhas e águas subterrâneas, com cruzamentos de rede bastante ativos, possui um terreno com desequilíbrio ambiental, onde houve desmatamento inapropriado e a vitalidade terrestre natural deixou de existir. 
Antigamente, na Europa central, era prática comum transladar um formigueiro para o local onde se intencionava construir, e as obras somente começavam depois que as formigas, por vontade própria, mudavam-se dali. Caso ficassem, o lugar era considerado insalubre e, então, desistia-se da construção naquele ponto. Estas zonas, portanto, são delicadas, e uma análise cuidadosa antes de construir é fundamental para prevenir sérios prejuízos aos futuros moradores. 


Já um local que possua muitos ninhos de pássaros pode estar isento de complicações, pois estes, quando livres, não costumam construir seus lares em locais patógenos. 
Existem outros experimentos para certificar se uma zona é realmente boa para construção. Um deles, muito simples, consiste em colocar um prato com uma solução saturada de sal sobre o local investigado e esperar que haja a evaporação da água. Se os cristais se solidificam de maneira homogênea é um forte indício de que a área esteja livre de problemas. Caso a cristalização seja irregular, com alguns cristais grandes e outros pequenos, com formatos diferentes entre si, pode ser que a área esteja densamente povoada de influências geobiológicas. Ao fazer este experimento ao ar livre, deve-se lembrar de proteger o prato de ventos e chuvas, com uma caixa de madeira ou papelão.


Encontramos uma posição cômoda, sentados ou de pé, com a coluna reta, e respiramos tranquilamente. Relaxamos braços e ombros. Depois de três respirações lentas, agitamos as mãos por cerca de meio minuto. Em seguida esticamos os braços para frente, com os dedos das mãos para cima e o pulso dobrado a 90º (como se estivéssemos empurrando uma parede) enquanto expiramos. Relaxamos a tensão e recolhemos os braços quando inspiramos. Repetimos este processo por três vezes. Em seguida, relaxamos as mãos juntando-as lentamente, com as palmas voltadas uma para as outra, até uma distância próxima a 5 centímetros. Buscamos colocar nossa atenção no espaço entre as palmas das mãos, explorando nossas sensações, que normalmente podem ser: 
 Ligeira resistência no ar. 
 Sensação suave. 
 Formigamento tênue. 
 Variação de calor. - 

Ao agitar as mãos aumenta-se o fluxo sanguíneo e se acumula energia (o Chi dos taoístas, Prana para os hindus), aumentando a sensibilidade. No caso de não sentirmos nada, repetimos o exercício mais uma vez. Muitas vezes este processo se refere mais a estar relaxado do que de ter muita sensibilidade, e também a deixar que tudo aconteça de uma maneira simples. 

Nossa natureza é sentir, ou seja, o melhor é relaxar e aproveitar, explorando as sensações sem se preocupar com qualquer objetivo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Efeitos da Poluição Sonora no Sono e na Saúde em Geral - Ênfase Urbana

O Professor Titular de Neurofisiologia da UFMG, Fernando Pimentel Souza, Membro Pleno do Instituto de Pesquisa sobre o Cérebro, entre outras qualificações, publicou na íntegra uma pesquisa científica sobre os efeitos da poluição sonora no sono e saúde das pessoas. Reproduzo aqui o artigo:

1) Resumo (Summary): Efeito da Poluição Sonora no sono e na saúde em geral: Distúrbios do sono e da saúde em geral no cidadão urbano, devidos direta ou indiretamente ao ruído, através do estresse ou pertubação do ritmo biológico, foram revistos na literatura científica dos últimos 20 anos. Em vígilia, o ruído de até 50 dB(A) (Leq) pode perturbar, mas é adaptável. A partir de 55 dB(A) provoca estresse leve, excitante, causando dependência e levando a durável desconforto. O estresse degradativo do organismo começa a cerca de 65 dB(A) com desequilíbrio bioquímico, aumentando o risco de infarte, derrame cerebral, infecções, osteoporose etc. Provavelmente a 80 dB(A) já libera morfinas biológicas no corpo, provocando prazer e completando o quadro de dependência. Em torno de 100 dB(A) pode haver perda imediata da audição. Por outro lado, o sono, a partir de 35 dB(A), vai ficando superficial, à 75 dB(A) atinge uma perda de 70 % dos estágios profundos, restauradores orgânícos e cerebrais. Principais fatores do ruído urbano no Brasil, com alguns dados de Belo Horizonte, foram discutidos e algumas medidas para reduzi-los foram sugeridas.



2) Efeitos sincronizadores e pertubadores do ruído e de outros fatores no sono
 A ciência tem desvendado nobres funções do sono como as psicológicas, as intelectuais, as da memória, as do humor e as da aprendizagem. O sono parece ser o período mais fecundo para consolidar os traços mnemônicos e geradores de criatividade. Prejuízos causados a êle diminuem a capacidade das funções superiores do cérebro, condenando suas vítimas a cidadãos de segunda classe (Jouvet, 1977; De Koninck et al, 1989; Pimentel-Souza, 1990). A sensibilidade de Scbopenhauer já o permitia antecipar de mais de um século as provas científicas de hoje ao afirmar: "O barulho é a tortura do homem de pensamento".
 Mostraram-se no sono ritmos circadianos e os ultradianos de seus estágios, dai a necessidade da regularidade através dos dias. Assim, o aumento do período de vigília tende a reduzir o período de sono no mesmo dia, para manter o ritmo circadiano, mas no período seguinte o sono tende a recuperar sua duração. Quanto ao sonho, há compensações da sua duração também, quando pára a sua privação (Cipolla-Neto et al, 1989; Pimentel-Souza, 1989). Quando se dorme menos do que sua média, ou poupando mediadores químicos do sonho no cérebro ao privá-lo, ocorre curiosa compensação por ficar fisicamente mais ativo durante o dia, mas reagindo menos intelectual e criativarnente, e vice-versa (Jouvet, 1977; Carlini, 1983; Santos e Carlini, 1983; Calfi, 1983). Estas variações podem ser confundidas com aspectos das personalidades individuais e até serem usadas na terapia de certo tipo de depressão, quando é acompanhada de hipersonia.

Foto: Veja Abril

 O ruído é um dos sincronizadores ou pertubadores do ritmo do sono mais importantes. Distúrbios do ritmo do sono produzem sérios efeitos na saúde mental. Na síndrome de fusos horários das viagens internacionais, sob "jet lag effect", recomenda-se não tomar alguma decisão importante, até recuperar o humor e a capacidade mental ou não competir antes da readaptação fisiológica, que permita readquirir a plena forma física. Os operários de turnos e notumos geralmente possuem um sono de má qualidade no período diurno, devido aos conflitos sociais e excesso de ruído diurno, provocando aumento da sonolência no período de trabalho noturno, muitas vêzes incontroláveis e responsáveis pelo maior número de acidentes entre 3 e 5 horas da manhã (Cipolla-Neto, 1989; Fischer et al, 1989a e b). O contínuo atraso do sono pelos horários de trabalho e variações do ritmo das atividades sociais, facilitados pelo uso da luz elétrica e atrações noturnas, pode levar à constante insônia. É mais fácil atrasar a fase do sono que avançá-la, o que complica a regularização (Czeiler et al, 1981). Por outro lado, latências emcurtadas do sonho, do despertar, do pico de temperatura, do pico de cortisol, aparecem na depressão ou podem causá-la. No caso maníaco ou depressivo há respectivamente atraso ou avanço desses ritmos citados acima. Um efeito terapêutico do lítio, usado na estabilização da depressão, pode ser atribuido ao atraso de fases daqueles ritmos biológicos mencionados (Mouret, 1982; Cipolla-Neto, 1989; Reimão, 1990).'
 O sono de todos os indivíduos é sensível ao ruído, havendo perdas proporcionais às pertubações nas suas nobres funções. Vallet et al (1975a e b), Friedmann e Chapon et al (1972) encontraram, num raio de 2 km de auto-pistas e aeroportos, em pessoas há vários anos "adaptadas", uma redução média de 35 % na parte mais nobre do sono, os estágios profundos e  paradoxal, quando o ruído médio aumentou de 43 a 55 dB(A) (Acústicos) no interior da residência, quando se atingia em torno de 77 dB(A) externos. Neste nível o EEG já mostrava pertubações em 52 % das pessoas, apesar de despertar a consciência só em 3 % e de mudar para estágio mais superficial em 17 %. Já o aumento de mais 20 dB(A) externos provocou 100% de pertubações no EEG. Terzano et al (1990) notaram que há uma queda linear no sono profundo na variação de 35 a 75 dB(A), chegando a 70 % de perda, usando ruído branco num laboratório de sono. Segundo as Associações Internacionais de Distúrbios de Sono (ASDA, 1990) cerca de 5 % das insônias são causadas por fatores externos ao organismo, principalmente pelo ruído, 10% são devidas a má higiene do sono, isto é, comportamento inadequado para o sono sobretudo nas duas horas que o procedem, e 15 % são resultantes de internalização no cérebro dos fatores pertubadores externos através do mecanismo de condicionamento aprendido involuntariamente. Um dos indicadores da má qualidade de vida ambiental nas nossas cidades no Brasil foi revelado por pesquisa de Braz (1988) na cidade de São Paulo, onde 14 % das pessoas atribuem suas insônias a fatores externos, das quais 9,5 % exclusivamente ao ruído. Além disso, o ruído deve ter uma importante contribuição indireta, através do estresse diurno e noturno, causando também má higiene do sono, cujos efeitos são traiçoeiramente desapercebidos das pessoas por não terem efeitos imediatos e não deixarem rastro visível, num mundo moderno predominantemente visual, cujas informações são estimadas em 90 % do nosso universo atual. Enfim, o ruído torna
o sono mais leve, causando profundos danos fisiológico, psicológico e intelectual.
 O Centro de Estudos de Pertubações e de Energia (CERNE, 1979) na França reconheceu que o ruído de baixos niveis permite adaptação . Mas, após vários anos, os déficits no sono, sob níveis de até 55 dB(A) internos, são cumulativos, mudando a estrutura do sono como se fossem de pessoas envelhecidas precocemente. Pessoas de 35 anos, estudadas, estavam dormindo como se fossem de 55-60 anos não expostas a barulho. Enfim, dormir e desempenhar mal não é necessariamente causado pela idade.


3) Efeitos do ruído nas atividades de vigília
 Em qualquer horário o ruído elevado é pertubador. Um pulso de som de 90 dB de apenas 20s desenvolve 80s de constrição periférica nos vasos sanguíneos. Dr. Guilherme (1991), otorrinolaringologista da Escola Paulista de Medicina (EPM), estima em 30 % de perda da audição nos jovens que usam "walkmen", toca-fita ou toca-disco duas horas por dia a níveis próximos de 100 dB. Já outro especialista, Dr. Cataldo, Diretor da Escola de Fonoaudiologia Izabela Hendrix de Belo Horizonte, tem constatado surdez súbita e irreversível em pessoas que assistem concertos de rock a mais de 100 dB, por efeito de vasoespasmos no ouvido interno.  64 % das pessoas tinham queixas de ruído ou vibrações na França em 1976-1977 (CERNE, 1979), época em que Paris já obtinha valores pelos menos cerca de 10 dB(A) menores do que em Belo Horizonte de hoje, sobretudo no período noturno (Fallot e Stein, 1979). Esse percentual é da ordem dos encontrados pela maioria das reclamações atuais na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) em Belo Horizonte, onde o nível médio de ruído diurno foi 70 dB(A) em 1988 (Alvares, 1982; Alvares et al, 1988), e também previstas em pessoas submetidas a nível semelhante de ruído que relataram profundos incômodos (Schutz et al, 1976). Entretanto, a França depois disso tem adotado medidas rigorosas para combater o ruído, tornando seus veículos automotores mais silenciosos e outras, inclusive como resultado das pesquisas de um orgão, o CERNE, criado no Ministério de Transportes, e que dedica parte substancial de seu trabalho aos efeitos da poluição sonora.  Cantrell (1974) mostrou que descargas sonoras de 85 sobre 70 dB de fundo, nos períodos diurnos em forma de pulsos durante somente 3 % do tempo, e só 50 dB de fundo no período noturno, desencadeararn, durante os 40 dias de experimento, um aumento do colesterol de 25 % e do cortisol plasmático de 68%. Os pacientes eram jovens saudáveis de 20 anos. Portanto, os menos susceptíveis aos efeitos nocivos. Alguns efeitos do hipercortisolismo são diminuição dos linfócitos, do tecido linfático e da antitrombina e alta de trombócitos. Pelas reações fisiológicas conhecidas, a Organização Mundial da Saúde considera então a 55 dB(A) (Leq) o início do estresse auditivo (WHO, 1980). O estresse em estágios iniciais pode até
ser usado beneficamente na medida em que funciona como excitante ocasional (Tufik, 1991). Mas, quando se torna crônico, ele começa a degradar o corpo e o cérebro, conduzindo à exaustão rapidamente (Bonamin, 1990). Nos trabalhadores tem sido constatado nesses últimos casos: efeitos psicológicos, distúrbios neuro-vegetativos, náuseas, cefaléias, irritabilidade, instabilidade emocional, redução da líbido, ansiedade, nervosismo, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento da prevalência de úlcera, hipertensão, distúrbios visuais, consumo de tranquilizantes, pertubações labirínticas, fadiga,redução da produtividade, aumentas do número de acidentes, de consultas médicas, do absenteísmo etc (OIT, 1980; WIIO, 1980; Quick e Lapertosa, 1983; Gomes, 1989).
 O excesso de colesterol líberado pelo ruído justifica resultados como os do recente Congresso na Alemanha em que populações, submetidas a níveis entre 65 e 70 dB(A), tiveram 10 % a mais de infarte e entre 70 e 80 dB(A), 20 % (Babisch, 1991). De fato, Jansen e Andriukin mostraram nas fábricas mais barulhentas da Alemanha maior incidência de hipertensão, de distúrbios, circulação periférica e de equilíbrio, agravando-se com a idade (Cantrell, 1974).
 A poluição sonora é a perturbação, que envolve maior número de incomodados, e diante dos danos dramáticos causados já ocupa a terceira prioridade entre as doenças ocupacionais, só ficando após das provocadas por agro-tóxicos e as osteoarticulares no Estado de São Paulo (Gomes, 1989). Infelizmente, este é mais um fator de risco da maioria das pessoas desse país, agravando doenças cárdio-vasculares e infecciosas, a recuperação dos enfermos em geral, e tornando mais fácil o adoecer dos sãos. O estresse crônico e distúrbios do sono, provocados pela poluição sonora, se realímentam mutuamente, aumentando a nocividade de ambos.
 -Até que ponto parte das 68 % das infecções hospitalares em BH em 1989, considerados irredutíveis devido à queda da resistência imunológica, segundo Grupo Técnico de Infecções Hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde de MG, podem ser atribuidos à poluição sonora ? Há maior susceptibilidade a gripes e dores de garganta sob estresse psicológico (Cohen et al, 1991). Mas há casas dramáticos, que nem podem mais esperar. Dentro de um Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com janelas fechadas de um famoso hospital, verifiquei em dezembro de 1990, um nível de ruído de 60 dB(A) ás 17 h pouco antes do máximo de poluição sonora. Até as médicos residentes do turno se queixavam. Esta é a condição de muitos CTIS da capital. Haveria necessidade de baixar pelo menos 20 dB(A) para se chegar próximo aos 40 dB(A) recomendadas. A mais eficiente solução seria reduzir as fontes sonoras de 120 vezes.
 -Mas, como ? 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Soluções arquitetônicas aliadas a materiais antirruído promovem bom isolamento acústico

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    Para amortecer o impacto, as mantas acústicas de poliestireno podem ser aplicadas entre o piso e a laje
    Para amortecer o impacto, as mantas acústicas de poliestireno podem ser aplicadas entre o piso e a laje
É incômodo – para não dizer irritante – ter que suportar os ruídos vindos do andar acima do seu apartamento, como o recorrente ressoar dos  saltos altos ou alguma discussão inoportuna no meio da noite. Porém, o barulho pode vir também do interior da sua casa e você acabar por se dar conta do problema, apenas quando um comunicado do síndico ou a reclamação de um vizinho "bater" a sua porta.
Assim, para minimizar estes sons importunos - mais comuns quando se vive em condomínios de apartamentos, invista em soluções arquitetônicas aliadas a materiais antirruídos que promovem um bom isolamento acústico e garantem sua tranquilidade e conforto, além de uma política de boa vizinhança eficiente.
Tipos de ruídos
De acordo com os pesquisadores do Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos Edifícios do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Elaine Lemos Silva e Marcelo de Mello Aquilino, os ruídos mais comuns nas habitações são de dois tipos: o aéreo e o de impacto. O primeiro é gerado pela vibração das moléculas de ar, ocasionada pela emissão da voz humana ou pelo movimento de algum objeto, como por exemplo, a corda de um instrumento musical ou a membrana de um alto falante.
Ampliar

Veja sugestões de materiais que minimizam os ruídos12 fotos

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As placas de isolamento termoacústico da Isosoft (www.isosoft.com.br) são feitas de garrafas PET recicladas e podem ser aplicadas em paredes. A estampa da placa é personalizada ao gosto do cliente Divulgação
Por sua vez, o ruído de impacto é provocado, como o próprio nome diz, pelo choque de um objeto em outro ou em uma estrutura rígida, como o barulho no piso causado por pisadas - especialmente as do salto alto - ou ao arrastar o mobiliário.
Invista ao construir ou comprar a residência
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    A má qualidade das esquadrias pode resultar em uma vedação ineficiente
Se for construir ou comprar uma casa ou apartamento, planeje medidas para diminuir a reverberação dos sons e se previna, evitando futuros problemas com seus vizinhos. Para o arquiteto Gabriel Magalhães, um dos problemas mais comuns em construções residenciais é a má qualidade das esquadrias que contornam o vão de uma porta ou janela, o que pode resultar em uma ineficiente vedação sonora.
Em edifícios, é essencial, também, observar a espessura da laje entre os andares, que deve ter, no mínimo, entre 10 cm a 12 cm. "Quanto mais espesso este elemento, melhor será o isolamento acústico", explica a arquiteta Crisa Santos.
Ainda em um apartamento, analise se as áreas íntimas como quartos, áreas de trabalho que exijam silêncio e salas dedicadas à leitura e ao relaxamento estão afastadas das fontes geradoras de ruído, tais como fossos de elevadores, áreas de serviço ou mesmo se estão voltados à rua com maior movimento de carros e ônibus.
Se houver proximidade aos focos de barulho internos à casa ou ao edifício, tome medidas acústicas como optar pela instalação de uma parede em drywall com revestimento interno antirruído. Esse sistema é composto por estrutura de aço galvanizado e chapas de gesso acartonado aparafusadas em ambos os lados e, por si só, tende a minimizar o barulho, pela existência do vão interno.
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Entenda como funciona o sistema de paredes Drywall11 fotos

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O drywall é um sistema de parede que otimiza o espaço, garante a eficiência termoacústica e permite a passagem das instalações facilmente e sem desperdício Leia mais Associação Drywall/Divulgação
O ruído vem de fora
Se o problema maior vem da rua, aposte em janelas com bons perfis de vedação e vidros duplos ou triplos para minimizar os sons externos. Santos recomenda  as esquadrias de PVC com revestimento interno em lã de rocha mineral, por apresentarem maior eficiência em relação às de alumínio, ou seja, por "absorverem" mais barulho que as de metal.
Um boa dica é se informar com os fabricantes das janelas antirruído sobre qual a redução sonora proporcionada pelo produto. Os pesquisadores do IPT, Silva e Aquilino, alertam ainda: para obter um bom isolamento, em relação ao ruído aéreo de uma fachada, é importante investir  em janelas de qualidade, mas também cuidar para que não haja frestas, ou seja, o cuidado na instalação é essencial.
Outro fator que ajuda a minimizar os sons da cidade, especialmente em casos extremos, é reforçar com uma camada de drywall e lã de rocha mineral as paredes voltadas para entrada da casa.  Tal ação se justifica porque a lã, no miolo da estrutura, funciona como um amortecedor, absorvendo o som e evitando sua propagação.
Não incomode os vizinhos
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    No home theater, uma solução para diminuir o ruído são os forros acústicos 
O som do home theater pode parecer agradável aos que curtem o cineminha em casa, porém, o vizinho pode não ter a mesma opinião.
De acordo com a norma NBR 10152 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), 40 decibéis e 35 decibéis são os níveis de conforto em uma sala de estar e em um dormitório, respectivamente. Ou seja, baixo nível de tolerância ao som, sendo que uma conversa com altura moderada alcança cerca de 65 decibéis. Silva e Aquilino informam que atualmente a norma está em fase de revisão.
Para evitar transtornos e problemas com a vizinhança por causa de barulhos vindos de sua casa, como conversas exaltadas e música em um volume alto, veja algumas alternativas silenciosas:
- Opte por um bom isolamento acústico e use materiais que sejam eficientes em absorver sons. Magalhães aconselha o uso de revestimentos rugosos para as paredes como pedras naturais, cortiça e papeis de parede com textura. Evite materiais extremamente polidos como vidros e espelhos que reverberam as ondas sonoras com maior facilidade.
- Tecidos revestindo móveis e cortinas volumosas são bem vindos: eles também absorvem os ruídos.
- Ainda para o isolamento de paredes, aplique materiais como os painéis de madeira, acústicos e de tecidos para uma redução de - até - 20% do ruído, como afirma a arquiteta Crisa Santos. "Aconselho a pensar sobre o conforto acústico quando a casa ainda é projeto, para poder trabalhar com isolamento estrutural", enfatiza.
Agora, se você pode e quer investir em uma sala para o home theater com eficiência sonora, mas custosa, trabalhe com os forros acústicos ou em gesso acartonado com lã de rocha, a diminuição do som propagado para os ambientes adjacentes e considerável.
Piso macio ao salto alto
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    Os pisos polidos absorvem menos o impacto das pisadas de salto alto, propagando o "toc toc"
As reclamações do vizinho do andar de baixo são pelo "toc toc" constante dos saltos? Para minimizar o incômodo, além do uso de carpetes e tapetes - que amortecem o impacto -, os pisos poucos polidos e com algum tipo de resistência mecânica são recomendados.
Uma alternativa é o uso do piso vinílico, que tem um maior desempenho acústico em relação aos "duros" laminados. "Outra solução são as mantas acústicas de poliestireno aplicadas entre o piso e a laje a fim de melhorar a eficiência no isolamento", explica Magalhães.
Caso a escolha seja mesmo a do piso tradicional de madeira, Santos recomenda a colocação de uma manta de cortiça entre as tábuas ou tacos e o contrapiso para a redução do ruído das pisadas.
Menos conhecido e mais tecnológico, o chamado "piso flutuante" consiste na aplicação de um material resiliente entre a laje e o contrapiso, separando-os mecanicamente. "Esses materiais, quando bem instalados, absorvem os impactos e melhoram o conforto acústico", conclui Aquilino.
Fonte: Mulher Uol

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Tintas de Silicato - Uma Opção de Tinta Ecológica


Descreve-se como TINTA DE SILICATO a que utiliza como ligante o silicato de potássio, conhecido como “vidro líquido”, em conjunto com cargas minerais e pigmentos inorgânicos. Este silicato petrifica-se em contato com a base, reagindo química e fisicamente com os aglomerantes, as areias e pedras constituintes das argamassas e dos concretos.
Suas vantagens técnicas, econômicas e ecológicas são demonstradas a seguir:
  
Composição: é uma tinta cujos componentes minerais, amplamente disponíveis na natureza, totalizam mais de 95% do seu peso, tais como água, silicato de potássio, quartzo, calcário, pigmentos inorgânicos e modificadores reológicos, e, no máximo, 5% entre dispersantes, polímeros e hidrorrepelentes.
  
Fixação: seu princípio de fixação ocorre através de um processo chamado “silicificação ou petrificação”.
A tinta penetra na base, com variação de 2mm ou mais, dependendo da absorção. Inicia-se uma reação físico-química de seus compostos com os da base durante a cura da tinta. Este processo evita a formação de um filme que facilmente provoca fissuras, podendo descascar ou formar bolhas.
  
Permeabilidade: a estrutura cristalina da tinta de silicato permite manter a alta permeabilidade ao vapor entre a atmosfera e o reboco, deixa a superfície sempre seca e evita a proliferação de fungos, algas, bolores, o acúmulo de sujeiras e a formação de bolhas na tinta. Estas características propiciam ambientes mais saudáveis.
  
Resistência a fungos e algas: a permeabilidade ao vapor aliada à hidro-repelência da tinta de silicato, que mantém a superfície livre de umidade e condensação, e seu caráter altamente alcalino, que combate os esporos, impedem a formação de um ambiente propício para a instalação de fungos e algas.
  
Imcombustibilidade: as tintas de silicato, diferentemente das acrílicas, não queimam. Em caso de incêndio, evitam a emissão de gases tóxicos que sufocam e podem provocar a morte, além de aumentar a proteção do reboco contra os danos causados pelas chamas. 
 
  
Controle de Temperaturaa estrutura microcristalina da tinta MINERALI reflete a luz e o calor com maior intensidade, visando ao conforto térmico dentro das edificações. Em climas quentes, essa característica reduz o estresse sobre o reboco, evitando possíveis danos.
  
Durabilidade: em virtude de sua composição mineral, a tinta tem alta resistência contra poluição, sujeiras e chuvas ácidas, protegendo-a dos gases agressivos da atmosfera. A utilização de pigmentos inorgânicos proporciona maior durabilidade da cor, mesmo em climas severos ou sob incidência de luz solar direta (resistente à UV). O uso de corantes orgânicos somente é recomendado para ambientes internos.
  
Ecológica: matérias-primas naturais formam a base das tintas de silicato, encontradas em abundância na crosta terrestre. O processo de obtenção provoca baixo impacto ambiental. Não se utilizam solventes ou produtos nocivos ao meio ambiente, desde a produção até a aplicação, nem no descarte das embalagens. Sua longa durabilidade reduz o número de repinturas, diminuindo a retirada de matérias-primas da natureza.

 
Fonte: Kalitintas

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Aprenda a fazer tinta usando ingredientes naturais


A pintura é uma atividade artística que agrada muito as crianças. Em especial, as mais novas. Entretanto, todos sabem que as tintas encontradas nas prateleiras das papelarias são compostos por ingredientes pouco confiáveis. Muitas vezes são utilizados químicos que tanto afetam a saúde dos pequenos quanto os rios, após serem descartados.

Uma alternativa para evitar o uso de tais tinturas é fazer a sua própria composição utilizando ingredientes caseiros, como ensina o site eHow. Separe os itens, chame as crianças e mãos à obra. Veja abaixo os materiais necessários.

- Frasco de vidro pequeno com tampa

- ½ xícara de frutas vermelhas

- Colher de pau ou de plástico

- ½ colher (chá) de vinagre

- ½ colher (chá) de sal

- Tigela média

- Geladeira

- Coador

Como fazer:

O primeiro passo é colocar ½ xícara de frutas em um coador sobre uma tigela. É importante que as frutas estejam frescas, o tipo de fruta é escolhida por quem irá fazê-la dependendo da cor que deseja preparar sua tinta.

Amasse as frutas no coador utilizando a colher e retire o máximo de líquido possível. Em seguida, adicione o vinagre ao suco e misture. Junte o sal a esta composição – ele será responsável por impedir o mofo.

O último passo é despejar a tinta da fruta em um frasco limpo e mantê-lo bem fechado, quando não estiver em uso. Para preservar o líquido ao máximo, armazene a tinta natural na geladeira ou freezer.

Fonte: CicloVivo

Acústica

Todo mundo sabe que determinados níveis de ruído são insuportáveis!
Mas, você sabia que mesmo os ruídos como o de uma geladeira ou ar condicionado são prejudiciais à saúde quando ficamos a eles expostos no longo prazo?
Eles são capazes de interferir em nosso metabolismo, aumentar a irritabilidade e diminuir a capacidade de concentração, prejudicando as atividades intelectuais e o trabalho.
Saiba mais sobre os parâmetros do Selo Casa Saudável, inclusive as faixas infra e ultrassônicas acessando a nossa lista azul.
Por: Carlos Einloft

COVs e SCOVs – Compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis

Esse lindo piso de madeira e essa parede impecável podem esconder ameaças à saúde da sua família!
Compostos orgânicos voláteis (COV) e semivoláteis (SCOV) são largamente utilizados pela indústria da construção em materiais de acabamento e de manutenção por contarem com propriedades bastante significativas e desejáveis, por um custo econômico relativamente menor que outras opções.
Entretanto, produtos dessa natureza como os selantes, os solventes, os retardadores de chamas, assim como os inseticidas, fungicidas, conservantes de madeira, dentre outros, podem afetar nossa saúde e serem causadores de alergias, fadiga, irritação nos olhos, problemas respiratórios e até mesmo o câncer!
Dessa maneira, eles são uma ameaça constante de intoxicação tanto para os trabalhadores que executam a obra como para aqueles que vão se servir do espaço construído como local de moradia ou trabalho
Conheça os níveis aceitáveis de COV e SCOV na certificação do Selo Casa Saudável acessando a nossa lista azul.
Por: Carlos Einloft

Dica literária – paisagismo

O Selo Casa Saudável preparou para você uma lista com 3 livros que irão te ajudar a criar  paisagens belas, saudáveis e que promovam muito bem estar. Boa leitura.


Plantas Alimentícias  Não Convencionais no Brasil
“Livro inédito, resultado de 10 anos de trabalho dos autores Valdely Kinupp e Harri Lorenzi – dois dos maiores estudiosos de plantas no Brasil. Apresenta plantas nativas e exóticas (espontâneas e cultivadas no Brasil), consumidas no passado e ou em alguma região do país e do mundo. Cada planta é apresentada em duas páginas: na primeira – suas características morfológicas para facilitar a identificação botânica, informações sobre seu uso geral e culinário com referências bibliográficas e ilustradas com 2 fotos; na segunda – 2 ou 3 fotos legendadas das partes da planta utilizadas para o consumo, seguidas de 3 receitas feitas com a planta e ilustradas com os respectivos pratos” (fonte).

Plants: Why You Can’t Live Without Them

“Embora essenciais para a nossa existência, as plantas acabam relegadas ao segundo plano na correria da vida urbana. O conceito revolucionário de ‘eco-paisagismo’ anuncia o esforço para trazer de volta a vegetação às selvas de concreto que habitamos. Este livro explora como nossas casas e escritórios podem ser mais saudáveis e alegres com plantas.
Produzido depois de muitos anos de investigação científica e de coleta de dados, é um estudo abrangente dos incríveis benefícios de plantas, que são o presente da natureza para nós e nos fornecem sustento e saúde” (fonte).



Paisagismo para Celebrar a Vida [capa]
Paisagismo para Celebrar a Vida

“Este livro objetiva  defender que a grande maioria das formas de vida atuais não se extingam, dando chance também para que, pelo menos, 07 novas gerações de humanos sobrevivam. Talvez seja muito pretensioso da minha parte, mas é algo ao alcance de todos, onde considero a jardinagem ecológica como a ferramenta mais poderosa para isto, nos verdadeiramente reconectando com a ‘Teia da Vida’, onde ‘Todos somos Um’. Dentro desta visão holística do todo, busca-se trazer a essência da paz, do equilíbrio e do amor, doado pela natureza especialmente na forma de plantas” (fonte).