segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Habitações Biocompatíveis

As Edificações escondem armadilhas invisíveis prejudiciais a saúde. 

Por: Lorena Farras Pérez





















São ameaças invisíveis que passam desapercebidas, mas não os seus efeitos, especialmente a longo prazo. Os materiais de construção, tintas, eletrônicos ou fatores ambientais externos são apenas algumas das armadilhas para a saúde existentes na maioria das casas e edifícios de escritórios. Em meados de maio, o Collegi d'Arquitectes de Catalunya (coac) organizou uma conferência sobre Bioarquitetura na qual ele falou sobre a arquitetura, clima e saúde. Foram liberados dados muito significativos, como o de que 10% dos cancros do pulmão são originários do ambiente, da má qualidade do ar interior dos edifícios. Esse percentual pode parecer excessivo, mas temos que levar em conta que cada vez mais, passamos mais tempo dentro de espaços fechados,  por isso as casas ou locais de trabalho tornam-se uma segunda pele para as pessoas. O que pode ser feito para evitar que os prédios sejam tão insalubres, tão pouco biocompatíveis?

De acordo com Mariano Bueno, um dos maiores especialistas sobre esta questão na Espanha, os pontos positivos são os principais pontos a serem considerados, sendo um deles o ambiente doméstico. "Verificou-se que as pessoas que vivem em áreas com vegetação abundante vivem cerca de cinco anos e meio mais do que aquelas que vivem em áreas degradadas ou não vegetadas", diz ele. A explicação é que "a vegetação regula a qualidade do ar", acrescenta. A escolha do local é um ponto chave. Se você puder, evite áreas de alto tráfego ou perto de indústria. Neste sentido, o local que exige uma proteção adicional é o quarto, onde passamos um maior número de horas. Bueno explicou que ele já viu "casos cuja poluição electromagnética no quarto era maior do que fora, onde existem antenas de telefonia móvel ou de telecomunicações". Para evitar isso, é recomendado que se monitorem plugs, rádios e relógios móveis em cima do criado-mudo.

A contaminação eletromagnética  devido as linhas de alta tensão  ou antenas de telefonia móvel, ou de telecomunicações é a que tem mais má fama, porém a natureza também possui suas ameaças. Bueno recomenda que antes de se construir uma casa fazer um estudo geobiológico para analisar as energias emanadas do solo, especialmente onde existem falhas de curso d'água subterrânea por causa da toxidade do gás radônio. Outro fator muito importante são os materiais utilizados na construção da edificação, ou que utilizamos em seu interior. Para ele, o melhor é optar por materiais mais naturais e menos processados como a madeira, porém os acabamentos dessa madeira, como o verniz utilizado deve ser observado pois costumam ser de alta toxidade.
Segundo Bueno, a qualidade do ar interno também é vital, e hoje em dia pecamos por ventilar pouco o ambiente, não realizar a limpeza adequada dos ar condicionados, que pode ser um importante terreno fértil para bactérias, fungos, e outros micróbios, fora os produtos de limpeza de alta toxicidade que utilizamos sem saber. As ameaças não são poucas e algumas são de difícil solução, mas algumas são de fácil solução e uma questão de mudança de hábitos.
O ambiente de uma residência que mais precisa de maior proteção e cuidados são os dormitórios, pois é o local em que passamos a maior parte do tempo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Síndrome do Edifício doente


Surgidos a partir dos anos 1970, os arranha-céus envidraçados que enfeitam as grandes cidades são o principal foco potencial de uma temível doença de nossos tempos: a Síndrome do Edifício Doente. Ela afeta até 60% das pessoas que vivem e trabalham em construções encaixadas nesse perfil, e pode ser letal
À primeira vista, os imponentes prédios envidraçados que se espalham pelas metrópoles do mundo parecem maravilhas da tecnologia contemporânea, invulneráveis à chuva, aos ventos e a outras ameaças externas. A vida dentro desses ambientes fechados, porém, pode ser bem complicada. A pouca ventilação originária dos próprios projetos que os conceberam fabrica autênticas armadilhas para seus usuários, especialmente os idosos e os que têm distúrbios respiratórios.
Quando está nesses edifícios, parte considerável dessas pessoas – um estudo divulgado pela revista Environmental Health fala em até 60% do total – apresenta sintomas como ressecamento da mucosa nasal (com eventual sangramento), agravamento dos sintomas de rinite e/ou asma, lacrimejamento, congestão e outros problemas nos olhos, além de dores de cabeça, náuseas, tonturas e fadiga. Mas se elas saem do prédio em questão e ficam algum tempo longe dele, já se sentem melhor. Por isso mesmo, o problema ganhou o nome de Síndrome do Edifício Doente (SED).
Segundo Mônica Aidar Menon Miyake, otorrinolaringologista e alergista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a SED é observada em pessoas que passam grande parte do seu tempo dentro de ambientes impróprios, mal ventilados e mal construídos. É freqüente nelas o desencadeamento ou a piora dos sintomas de rinite alérgica e não alérgica, além da rinite ocupacional. “Isso pode ocorrer por deficiência de insolação (luz solar) e de ventilação do ambiente, bem como acúmulo de alérgenos (substâncias ou microorganismos que desencadeiam a alergia) e irritantes respiratórios, sem contar a falta de manutenção adequada dos aparelhos de ar-condicionado”, observa.
“AS PESSOAS COM A SED em geral não têm nenhuma doença que um médico possa detectar, mas seu sofrimento é inegável”, comenta Richard Lockey, diretor da Divisão de Alergia e Imunologia da Universidade do Sul da Flórida. “Em alguns casos, os sintomas são tão sérios que a pessoa não pode mais trabalhar no edifício em questão.”
A origem da SED data de meados dos anos 1970, quando a elevação brusca dos preços do petróleo provocou uma crise energética sem paralelo no mundo. A reação de arquitetos e engenheiros foi projetar e construir edifícios mais fechados, com poucas aberturas para ventilação. Com isso, manter a circulação e a refrigeração do ar exigiria um consumo menor de energia.
Simplificar a realidade, porém, sempre embute um preço, que mais cedo ou mais tarde será cobrado. A nova tendência implicava automatizar os sistemas de ar-condicionado, e a economia de custos concentrou os controles em apenas duas variáveis: temperatura e umidade relativa do ar interno. Com isso, diversos outros fatores relativos à qualidade do ar mais importantes para os usuáriosdos edifícios ficaram esquecidos. Com a renovação do ar interno drasticamente restringida nesses prédios, o nível dos poluentes existentes dentro deles subiu em proporções assustadoras. Entre eles estão o monóxido e o dióxido de carbono (CO e CO2), além de ácaros, fungos, algas, protozoários e bactérias, que se multiplicam rapidamente quando a limpeza de carpetes, tapetes e cortinas não é feita de forma adequada (confira a lista completa no quadro ao lado). É a ação desses poluentes sobre o organismo que caracteriza a SED.
O reconhecimento oficial da nova doença veio em 1982, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuiu a ela as conseqüências de um incidente ocorrido na década de 1970 em um hotel da Filadélfia, nos Estados Unidos. A contaminação do ar interno do estabelecimento, provocada por uma das maiores vilãs da SED, a bactéria Legionella, originou 182 casos de pneumonia e a morte de 30 pessoas.
DEZESSEIS ANOS DEPOIS, a Legionella incluiu em sua lista de vítimas nada menos do que um ministro brasileiro: Sérgio Motta, das Comunicações, teve seu quadro clínico agravado pela bactéria,abrigada nos dutos do sistema de climatização do hospital onde estava internado, e não resistiu. Foi a partir daí que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do sistema de saúdebrasileiro, determinou que todos os prédios do País climatizados artificialmente deveriam elaborar e manter um plano de manutenção e controle dos sistemas de ar-condicionado.
A qualidade do ar interno tem dominado o debate sobre a saúde dos edifícios, pois estudos indicaram que o funcionamento adequado do sistema de ventilação – que remove ou dilui os poluentes associados à SED – soluciona cerca de 90% das queixas. Quanto a isso, é importante observar que os sistemas de filtros dos aparelhos de ar-condicionado são em geral preparados para proteger mais o equipamento do que propriamente a saúde de seu usuário. Além disso, as menores partículas respiráveis – exatamente as que gostaríamos de eliminar – são as que mais facilmente driblam os filtros. E, por ironia, o uso de aspiradores de pó convencionais levanta essas partículas do carpete onde estão depositadas e as dispersa novamente na área respirável, de onde elas só vão lentamente sair à noite.
A qualidade do ar é, sem dúvida, fundamental para a saúde do edifício. Mas os responsáveis pelas pessoas que trabalham nesses locais ou os freqüentam devem zelar cuidadosamente por outros itens importantes nesse aspecto, como temperatura, iluminação solar, acústica, radiação eletromagnética e mobiliário. Caso contrário, não é difícil prever que, no futuro, a SED ganhe uma menção específica na lista de condições insalubres de trabalho.
Legionella: a BACTÉRIA assassina
Uma das ameaças mais terríveis do já sinistro elenco da SED é a Legionella pneumophila, bactéria causadora de uma forma rara e grave de pneumonia, a doença do legionário ou legionelose, capaz de matar pessoas idosas ou com pouca resistência. Seu nome vem do caso que se tornou o emblema da síndrome: a contaminação de diversos hóspedes de um hotel na Filadélfia (EUA), todos idosos e participantes de uma convenção da Legião Americana (veteranos de guerra) em 1976. Das pessoas contaminadas, 182 tiveram pneumonia e 30 morreram. Os problemas com a Legionella já começam na identificação complicada e prosseguem nas dificuldades de combatê-la.
A bactéria tem origem na terra úmida e prolifera em água estagnada. No incidente da Filadélfia, constatou-se que ela veio da bacia das torres de resfriamento do sistema de arcondicionado, que, embora localizadas fora do edifício, estavam bem perto da tomada de ar exterior do ar-condicionado. Graças a essa proximidade, a tomada de ar aspirou o ar contaminado e levou-o ao interior do hotel.
Estudos mostraram depois que a bactéria está presente em outros locais de edifícios onde existe água morna estagnada. Alguns exemplos: bacias de banheiros, bacias de umidificação e sistemas assemelhados, cisternas de distribuição de água quente. Todo cuidado com esses lugares é pouco.
A síndrome no ESPAÇO
A Síndrome do Edifício Doente não poupou nem mesmo a Estação Espacial Internacional (ISS, na abreviatura em inglês), supostamente um modelo do que haveria de melhor na tecnologia humana. Astronautas que trabalharam dentro da estação no início de suas atividades (os primeiros equipamentos foram enviados ao espaço no fim de 1998) sofreram crises de vômito, náusea, dores de cabeça, ardência e coceira nos olhos.
De acordo com documentos da Nasa, a agência espacial norteamericana, que vazaram na internet, a culpa pelos problemas estaria na qualidade ruim do ar ou nas substâncias químicas liberadas por materiais utilizados nos painéis de revestimento do módulo Zarya, uma parte da enorme estação que havia sido construída pelos russos. Mas uma investigação oficial concluiu que era praticamente impossível definir com precisão qual era a origem exata dos mal-estares dos astronautas. Depois disso, a Nasa decidiu instalar equipamentos para monitorar a qualidade do ar na ISS.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

10 Maneiras que sua casa pode lhe matar

Gases venenosos, correntes elétricas, ferrugem, fogos. Existem muitas maneiras da sua casa levá-lo a sofrer danos, se não estiver atento quanto à segurança e códigos. Confira algumas condições domésticos perigosas e aprenda sobre o que não fazer.

Amamos nossa casa, ela nos prove de calor, nos abriga, nos dá segurança. É por isso que é tão imensamente chocante quando ela se volta contra nós. Goste ou não, uma casa pode ser um arsenal virtual de armas letais. Se gases venenosos, chamas de fogo, morcegos raivosos,  aparelhos eletrocutantes, ou até mesmo o mais doce renascimento de uma colônia podem ser tão ou mais letais e perigosos, quanto Rambo em seu pior dia. Aqui temos onze maneiras em que seu Lar doce Lar pode te derrubar.

Correntes Elétricas Descontroladas


Se o velho Ben Franklin somente conhecia o caminho descuidado que alguns de nós lidamos com a eletricidade nos dias de hoje, ele teria mantido sua descoberta para si mesmo. Quer se trate de sobrecarregar um cabo de extensão desgastado com luzes do feriado, ou pontos de venda expostas como a que gravou a um suporte metálico condutor neste porão susceptível de inundação, eletrocutamentos domésticos são responsáveis por cerca de 1.000 mortes por ano somente nos EUA. Ao menos este proprietário poderia ter usado um receptáculo GFCI de modo que com qualquer oscilação de energia seria desligá-lo. Mas se você não sabe o que está fazendo, pelo amor de Deus, chame um eletricista licenciado.

Gás Mortal Inodoro


Todos nós vamos dormir à noite, mas a cada ano 170 de nós nunca mais acorda graças a este assassino silencioso. O culpado: o envenenamento por monóxido de carbono causado pelo mau funcionamento de aparelhos de queima de combustível, tais como fornos, fogões, água e aquecedores de ambiente. Uma maneira de se proteger é ter a certeza de ventilar o escapamento  desses aparelhos corretamente. Isso significa ter o ângulo de tubos para cima, não para baixo, como essas pessoas fizeram , pois o ar quente, e verificando se as aberturas estão livres de rachaduras ou fendas. E o mais importante: instalar um detector de monóxido de carbono padrão. Eles custam em torno de R$ 50,00, e são a melhor maneira de proteger sua família.

Decks em Decomposição



Esteja avisado! Se os suportes e parafusos que juntos prendem o seu deck estão corroídos como o da foto, o seu paradisíaco quintal está em grande perigo de se transformar em uma pilha de varas tinder. Água e clima podem se tornar uma passagem para ferrugem do metal e do vigamento. Mesmo decks de madeira tratada podem reagir negativamente a eles, levando à um cenário de corrosão, e na pior das hipóteses desabar.

Entre 2000 e 2008, cerca de 30 pessoas foram mortas por causa de decks que desabaram. Logo, é importante inspecionar regularmente seu deck,e trocar essas ferragens e vigamentos corroídos por peças de aço inoxidável ou metal galvanizado. Eles são mais resistentes à ferrugem e não vão reagir negativamente como o cobre em madeiras tratadas. Se assim proceder, isso lhe trará grande paz de espírito da próxima vez seus amigos, grandes e pesados, vierem curtir o seu deck.

Metano Ameaçador


O acúmulo de gases de esgoto em sua casa não apenas cria um odor fétido, uma remanescência do cheiro de uma vaca pastando em um dia de verão, quanto inalar o metano que está contido nesse ar também pode levar a dores de cabeça, dificuldade de concentração, e palpitações cardíacas. O que é pior: se uma grande quantidade de gás metano se acumular em sua casa, o simples lampejo de uma luz piloto pode causar um incêndio. Se você sentir cheiro de esgoto, verifique o seu tubo de ventilação do banheiro, e certifique-se que não tem nenhum buraco ou conexão solta, e não  use fita adesiva, ou uma toalha de veludo para selá-lo, como um proprietário fez, pois não é o caminho a percorrer, isso pode explodir.

Tortura por Barulho em Tubulação de Água

A maioria dos especialistas em saúde mental, incluindo o Dr. Phil, ficaria alarmado ao ouvir que você acabou de montar uma TV em sua banheira. Em sua forma mais pura, a água é um mau condutora de eletricidade, porém quando se leva em conta os sais, metais e outras impurezas encontradas na água potável, suas propriedades condutoras tornam-se mais preocupantes. Digamos que este proprietário tenha se cansado do discurso do Dr. Phil e vá mudar o canal com as mãos molhadas, a eletricidade na TV poderia facilmente saltar diretamente da água para as pontas dos dedos, e seu corpo. Mantenha todos os aparelhos elétricos, TVs, rádios, etc, longe de sua banheira, ou qualquer outro local em que a água esteja presente.

Fibra de Algodão que solta das Secadoras causando doenças

Claro que as pessoas podem achar graça se ouvirem que você ficou doente por algo aparentemente tão benigno quanto uma fibra de algodão de secadora. Mas, é sério; devido à alta inflamabilidade desses fiapos, isso pode acontecer. Grande quantidade dessa fibra pode levar a incendiar a sua secadora. E um acúmulo dessa poeira do lado de fora do aparelho pode fazer a mesma coisa, especialmente se ele está se acumulando ao lado de, digamos, um aquecedor de água com uma luz piloto, como acontece no caso da foto acima. Você deve manter num raio de vários metros em torno de aquecedores de água e fornos  combustíveis, materiais  como tintas, solventes, e, sim, secador de fiapos. Se você observar lint acumular-se, verifique se o seu secador de tubo de ventilação não está rachado. Se for, substitua-o imediatamente, ou consertá-la com alguma fita de alumínio.

Bichos Assassinos



Os morcegos não só fazem o mais corajoso dos homens cair no chão e assumir a posição fetal, esses bichos desagradáveis no sótão também podem espalhar a raiva e, pior, contaminar o ar com suas fezes, os fungos que podem levar a histoplasmose mortal, doença transmitida por via resiratória. Depois, ainda tem as cobras que vão a caça desses morcegos para uma boa refeição. Então, o que todos eles fazendo em seu sótão? Eles encontraram uma forma de fazerem um buraco ou rachadura na pele de sua casa. Se você encontrar um buraco, ainda que tão pequeno quanto a largura de um dedo, isso é um alerta para que perceba que algo de terrível se aproveitou desse fácil acesso, e que em seguida você terá que lidar com ele bicho.

Chaminé da Morte




Em alguns casos, os incêndios são difíceis de evitar. Em outros, você está apenas pedindo que isso aconteça.  Pense em um proprietário que deixa de fazer a manutenção de sua chaminé em uma base regular. Um acúmulo de creosotato inflamável acontecerá, o que pode levar a um acúmulo de monóxido de carbono mortal em sua casa, e, eventualmente, um incêndio na chaminé, o que pode derrubar a casa inteira. Muitas vezes a segurança da chaminé é esquecida, especialmente neste exemplo onde o proprietário negligenciou a altura da chaminé, que deve ser pelo menos 2 metros mais alto do que qualquer estrutura próxima e 3 metros acima do telhado que passa. Se apenas uma centelha de fogo da lareira faz o seu caminho até aqui, kaboom! Só não se esqueça de inspecionar sua chaminé e limpá-la anualmente.

Mofo Ameaçador



Aquele cheiro de terra em sua casa pode não ser de suas botas de trabalho suadas, pode ser mofo. Enquanto todos nós temos esporos de mofo em nossas casas, um acúmulo pode levar a problemas respiratórios e um substancial agravamento dos sintomas de alergia e asma, especialmente para as crianças. Em casos graves, o mofo pode até mesmo levar a um choque anafilático, que o deixa completamente incapaz de respirar. É um acéfalo que o mofo na maioria das vezes ocorre nas áreas úmidas de nossas casas, como a cozinha, banheiros mal ventilados, ou um porão, como na foto acima. Confira se estas áreas estão com mofo regularmente. Depois de remover o mofo, descobra qual a causa subjacente, e enfrente-o prontamente. Confie em nós, ele vai fazer você respirar mais fácil.

Vapores de Tinta Quimicamente Embalados



Aquela linda tinta amarelo manteiga que você usou para pintar o quarto principal da casa, com certeza ficou bonito. Pena que está te matando, enquanto você dorme!

Talvez isso seja um pouco de exagero. Mas, se você usou uma tinta cheia de compostos orgânicos voláteis, como, por exemplo, benzeno, que pode levar a algumas dores de cabeça graves e problemas respiratórios, ela pode estar te matando. Tenha em mente que a EPA diz que muitos dos COV presentes em tintas são suspeitos cancerígenos. Não se arrisque, utilize sempre tintas com baixo VOC, que não mancham e cujo acabamento de seus projetos seja para melhoria de sua casa. Certifique-se de guardar a suas tintas com as tampas, firmemente presas, ao contrário das latas mostradas na foto acima.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Casas com Material Reciclado

Já tem gente construindo casas inteiras com “lixo”, isto mesmo, procurando na internet, encontrei alguns modelos de casas feitas com aproveitamento de garrafas PET, pneus, etc. O conceito chama-se EarthShip, e já há dezenas delas construídas nos EUA e na América Latina.

Veja alguns exemplos:

Esta casa em Honduras foi construída com 8000 garrafas PET, veja site Green Diary.


Esta casa popular foi construída no México:


Crianças fazendo uma parede de garrafas PET na Argentina:


Veja as obras de algumas EarthShips:



E o resultado final:


Alguns detalhes com uso de garrafas de vidro:



Fonte: Ecodhome

domingo, 7 de dezembro de 2014

Como o local onde trabalhamos afeta nosso humor e saúde


Qualquer coisa que altere o modo como nos sentimos emocionalmente gera um impacto na nossa saúde física, de acordo com a ciência da psiconeuroimunologia.

Existem três sistemas principais no corpo envolvidos na manutenção da saúde: o sistema nervoso, o sistema hormonal (endócrino) e o sistema imunológico. Eles estão em um triângulo de comunicação, cada um interagindo com os demais. Qualquer coisa que afete um sistema, afeta os outros dois.

“O corpo tem todos esses sistemas anti-falhas a postos para se manter saudável”, diz Michael Lumpkin, Professor de Bioquímica e Biologia Celular e Molecular na Universidade de Georgetown, nos EUA. “Tudo que você realmente precisa fazer é oferecer um ambiente curativo e o corpo geralmente faz o resto.”

Lumpkin explica o efeito de ambientes curativos através do seu efeito calmante sobre o sistema nervoso central: “Parte do que você faz é oferecer um pouco de privação sensorial de que você precisa… Você corta todos esses estímulos empolgantes e estressantes… Barulho, brilho, cores berrantes como vermelho e laranja, odores nocivos… Qualquer sensação negativa desencadeia os sistemas do hormônio do estresse.”

Trocar um ambiente estressante por cores, paisagens e sons naturalmente calmantes ajuda a acalmar o sistema nervoso.

Mas o que o estresse causa nos nossos corpos? O estresse é detectado pelo nosso sistema nervoso, que por sua vez se comunica com nosso sistema hormonal para aumentar esses hormônios, como cortisol, adrenalina e noradrenalina (epinefrina). Esses hormônios ativam órgãos e tecidos, incluindo seus pulmões, coração e músculos esqueléticos, preparando-o para entrar em uma briga ou fugir imediatamente da ameaça – seja ela física ou psicológica.

Ao mesmo tempo, esses hormônios do estresse suprimem sistemas do corpo que não são imediatamente necessários para lugar ou correr. Esses “não essenciais” incluem hormônios sexuais, hormônios do crescimento, hormônios da tiroide e também os do sistema imunológico. Sempre que estamos estressados, nosso sistema imunológico fica comprometido.

Embora isso funcione muito bem a curto prazo, conservando energia e permitindo-nos reagir ao perigo imediato, não é tão bom assim para nós em resposta ao estresse crônico. Ele dá início a uma cascata de eventos, diz Lumpkin, o que pode se tornar danoso.

Um desses eventos é a resposta imune inflamatória. O Dr. Andrea Danese, Professor no Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College, em Londres, passou anos pesquisando como a resposta é elevada em adultos que sofreram traumas durante a infância. Ele usou uma grande amostragem de pessoas de Dunedin, Nova Zelândia, para comparar adultos que foram maltratados quando crianças com adultos que não foram.

Os adultos com infâncias difíceis tiveram altos índices de biomarcadores de sangue inflamados, que indicam a ativação do sistema imunológico. A resposta imunológica é vital para o corpo lugar contra doenças a curto prazo, mas sua presença por muito tempo é danosa. “Ela tem sido associada a diversas doenças crônicas relacionadas à idade”, diz Danese. “Doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, algumas formas de câncer e provavelmente demência.”

O estresse crônico pode acontecer em qualquer idade. As pessoas que trabalham diariamente sob pressão são especialmente vulneráveis; pessoas como soldados da linha de frente, bombeiros, controladores de tráfego aéreo, policiais e pessoal da emergência.

O próprio Lumpkin estudou os efeitos de oferecer a estudantes de medicina treinamento para o controle do estresse. Depois de onze semanas, os estudantes que tiveram esse treinamento (que incluía meditação, relaxamento e outras técnicas do tipo) tinham níveis menores de cortisol, hormônio do estresse, do que seus colegas que não tiveram a mesma preparação. O cortisol, nesses, só aumentava.

Mas Lumpkin aponta que ambientes cronicamente estressantes podem se materializar em qualquer lugar, incluindo escritórios abertos, bastante comuns atualmente. “Você não tem privacidade, não tem tempo para simplesmente sentar-se e contemplar um problema. Você é constantemente bombardeado por seus colegas e suas questões”, diz. “Acredito que prédios e escritórios possam ser redesenhados para melhorar a qualidade de vida e a saúde dos funcionários.”

A cultura atual, de estarmos continuamente “on” e disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, só piora o problema.

O que fazer, então? “Se os epidemiologistas estão nos dizendo que entre 80 e 90% de todas as doenças humanas são relacionadas ao estresse, então acho que controla-lo é uma meta legítima”, diz Lumpkin. Ele acha que deveríamos considerar o ambiente de trabalho uma importante parte da saúde pública. “Sejamos francos: onde passamos a maior parte do nosso tempo?” questiona. “A maioria das nossas horas acordados são gastas trabalhando.”

Este artigo foi publicado originalmente na Mosaic e republicado sob a licença Creative Commons. Foto do topo por Hugo Crisholm.
Via: Gizmodo