segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Faça o seu próprio sabão líquido para usar como lava-roupas ou detergente

Seja sustentável e ainda economize dinheiro fazendo seu próprio sabão líquido para limpeza com óleo de cozinha usado

Você sabia que, com óleo de cozinha usado, é possível fabricar sabão liquido? Essa é uma alternativa muito boa ao invés do descarte inapropriado na pia da cozinha. Você estará sendo mais sustentável e, além disso, pode economizar ao não ter que comprar mais tanto sabão.
É possível substituir o sabão em pó na lavagem de roupas e o detergente na limpeza de pratos. Ambos possuem derivados do petróleo em sua formulação que podem ser prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo quando despejados em redes de esgoto que não possuem o tratamento adequado (veja mais aqui). Veja como fazer:

Ingredientes

  • 1 litro de óleo de cozinha usado;
  • 130 gramas de soda cáustica (pureza mínima: 97%);
  • 140 ml de água (para diluição da soda cáustica);
  • 30 ml sde vinagre;
  • 100 ml de álcool;
  • 4 litros de água.
Extras (opcional)
• 40 gramas de corante;
• 40 ml de óleos essenciais.

Materiais necessários
• Colher de pau;
• Balde;
• Peneira;
• Panela;
• Recipientes para armazenamento do sabão;
• Luvas;
• Óculos de proteção.

Modo de preparo

Em primeiro lugar, coloque a máscara, as luvas e o óculos de proteção. A soda cáustica é altamente corrosiva e deve ser manuseada com muito cuidado. Vamos ao passo a passo:
1. Esquente a água até que ela fique morna. Feito isso, despeje-a em um balde e coloque a soda cáustica no mesmo recipiente lentamente. Nunca adicione água sobre a soda! Pode provocar uma reação forte e causar acidentes;
2. Mexa com a colher de pau até diluir. Faça isso longe do fogo;
3. Depois de retirar as impurezas do óleo (é possível fazer isso com uma peneira ou com um pano), aqueça-o um pouco e, com cuidado,  introduza a soda cáustica preparada anteriormente;
4. Misture por 20 minutos, e enquanto isso, prepare uma panela com 4 litros de água fervendo. Quando a massa estiver homogênea e mais consistente, coloque-a na panela com água aos poucos e continue misturando. Em fogo baixo, adicione o álcool e o vinagre. Caso queira, nessa etapa, pode-se adicionar os ingredientes extras como corantes e os  óleos essenciais;
5. Misture por mais cinco minutos e desligue o fogo. Deixe esfriar por um dia. Após esfriar, despeje no recipiente final.
Finalizado o processo, é possível medir o pH do sabão. Utilize um papel tornassol, ou ainda, faça você mesmo um medidor de pH caseiro (saiba como aqui).
Entenda mais sobre os ingredientes da fórmula
Na fabricação do sabão, há uma preocupação acerca da soda cáustica, pois ela é muito corrosiva e teme-se que ela possa ser prejudicial. Contudo, após a reação desaponificação com os óleos, ela perde a alcalinidade, pois os álcalis reagem com os óleos e se transformam no sabão (entenda mais sobre a reação do sabão aqui).
O álcool é utilizado na fórmula pois ele é o solvente do sabão e, portanto, acelera a formação do traço, além de garantir uma propriedade de conservante. O vinagre, que já é conhecido pelo seus benefícios à saúde, tem um papel importante em diminuir o pH final do sabão. Desta forma, o sabão não resseca tanto a pele e é mais ecológico, pois o produto final não impacta tanto os corpos hídricos.
A adição de corantes e essências depende do seu uso
• Para lavagem de roupas não, adicione os corantes, só adicione o óleo essencial de sua preferência. Certos corantes podem manchar as roupas brancas;
• Para uso como detergente, cuidado com os óleos essenciais. Você pode achar desagradável o cheiro da essência nos utensílios;
• Para limpeza doméstica, pode-se utilizar ambos.
Para o seu sabão ser ainda mais sustentável, utilize o menos possível de corante e óleos essenciais  e sempre fique de olho para que os óleos essenciais não possuírem parabenos e ftalatos na sua composição. Para não correr esse risco, você ainda pode fazer a sua própria essência e substituir na receita (saiba como aqui). Caso queira uma alternativa mais prática você pode usar o amaciante roupas no lugar do óleo essencial, mas dessa forma sua receita irá perder em sustentabilidade.
Obs: a exemplo de todo e quaisquer produtos de limpeza, mantenha fora do alcance das crianças, assim como evidencie nos recipientes do que se trata para evitar que sejam confundidos com outros produtos que anteriormente ocupavam as embalagens utilizadas.

domingo, 30 de agosto de 2015

Poluição por amianto

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Abundante na natureza, Amianto é encontrado sob diversas formas
Foto: Jordi Masagué
O amianto, também conhecido como asbesto, é uma fibra mineral encontrada abundantemente na natureza. A fibra é largamente utilizada em escala industrial devido ao baixo custo e as propriedades naturais do mineral, tais quais a alta resistência, boa qualidade isolante, flexibilidade, durabilidade e incombustibilidade.
O amianto está presente em cerca de três mil produtos, desde telhas e caixas-d'água "de eternit" até em pastilhas de freio, tecidos, pisos e tintas.
Basicamente, é encontrada na natureza sob duas formas: amianto branco (serpentinas), correspondente a 95% das manifestações existentes do mineral, e os amiantos marrom, azul e outros (anfibólios). No Brasil, o amianto está presente em cerca de três mil produtos, sendo mais difundido em telhas e caixas-d'água (da empresa brasileira Eternit), mas é largamente encontrado em pastilhas de freios, tecidos, pisos e tintas.
O amianto é utilizado desde os primórdios da civilização, já considerado até como a seda natural ou o mineral mágico, principalmente para reforçar utensílios cerâmicos. No entanto, foi somente após a Revolução Industrial no século 19 que o material começou a ser utilizado em larga escala.
A fibra flexível foi utilizada para isolar termicamente máquinas e equipamentos, atingindo seu apogeu durante as duas guerras mundiais. Logo, apareceram as epidemias de doenças, trazendo à tona o lado negativo do amianto, chamado então de "poeira assassina".
Contaminação
As fibras de amianto são extremamente finas e longas, separam-se com facilidade e produzem um pó de partículas minúsculas que aderem às roupas e flutuam no ar, sendo facilmente inaladas ou engolidas. Estas características, que potencializaram o uso comercial, evidenciam a periculosidade da substância.
Há diversas doenças comprovadamente associadas ao uso do amianto, sendo as principais a asbestose, doença crônica pulmonar conhecida como “pulmão de pedra”, que afeta principalmente quem trabalha diretamente com o mineral; cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal; e o mesotelioma, tumor maligno raro que pode surgir em até 30 anos após a contaminação.
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As chamadas "telhas de eternit" ainda são muito comuns no Brasil
Foto: fazen
A contaminação se dá geralmente devido ao contato direto com a substância, atingindo diretamente os trabalhadores que lidam com o mineral. Contudo, já há registrados casos de contaminação ambiental até no Brasil, desde de mulheres que lavavam as roupas dos maridos trabalhadores até pessoas que moravam próximas às fábricas.
125 milhões de trabalhadores em todo o mundo estão expostos aos efeitos do amianto. Doenças causadas pelo mineral resultam em 107 mil mortes por ano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o amianto cancerígeno desde 1977. Segundo estimativas da organização, 125 milhões de trabalhadores em todo o mundo estão expostos aos efeitos do amianto, sendo que doenças causadas pela substância resultam na morte de 107 mil trabalhadores anualmente.
A OMS indica ainda que um em cada três casos de câncer trabalhista é causado pela inalação das fibras de amianto. Em toda a Europa ocidental, estima-se que o câncer causado por amianto matará 250 mil pessoas entre 1995 e 2029. No Brasil, embora seja acusado de subnotificação, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 25.093 casos de câncer provocados pelo amianto entre 2008 e 2011, e 2,4 mil mortes entre 2000 e 2011.
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Minaçu (GO) possui a maior mina de amianto crisotila do Brasil
Foto: Fe Coelho
Controle
O amianto começou a ser proibido há quase três décadas, tendo sido vetado pela Noruega em 1984. Banido em toda a União Europeia desde 2005, estuda-se agora a descontaminação ambiental das cidades nas quais havia minas e fábricas de amianto para evitar o aumento do número de mortes de cidadãos. Atualmente, o mineral está proibido em 66 países. No Brasil, o uso controlado é autorizado, exceto em São Paulo, que possui uma lei estadual banindo a substância.
80% do amianto produzido no Brasil, de 75 a 2009, permanece no país sob a forma de produtos e resíduos.
Documentos demonstram que a indústria já conhecia a relação entre o amianto e as doenças letais desde os anos 30. Apesar de todas as evidências contrárias, os grandes produtores mundiais insistem que um dos tipos do mineral (justamente o mais abundante, o amianto branco ou crisotila) tem uso seguro. O setor que gera 170 mil empregos diretos e movimenta US$ 1,5 bilhão por ano.
O Brasil, cuja maior mina se situa em Minaçu (GO), é o terceiro produtor mundial, depois da Rússia e China, o segundo exportador e o quarto usuário de amianto. Entre 1975 e 2009, foram produzidas no país mais de seis milhões de toneladas de amianto, sendo que 80% ainda permanecem no território nacional sob a forma de produtos e resíduos, segundo a secretaria de geologia do governo.
O Canadá, quinto maior produtor e quarto exportador mundial do mineral, consome muito pouco da substância em seu território (menos de 3%), onde o uso é limitado. Para se ter ideia, um cidadão americano se expõe em média a 100g/ano, um canadense a 500 g/ano e um brasileiro, mais ou menos, a 1.200g/ano.
Fonte: EcoD

sábado, 29 de agosto de 2015

Saiba como abandonar o pesadelo das noites mal dormidas através de pequenas mudanças


Ter uma boa noite de descanso é tudo de bom. Mas, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro do Sono, dormir é um verdadeiro pesadelo para mais de 50 milhões de brasileiros! Se você também sofre na hora do merecido repouso, saiba que algumas mudanças simples no seu quarto podem amenizar o problema.

Existe uma ciência que estuda ambientes e os relaciona com a nossa saúde. Esse tipo de estudo é chamado de Geobiologia. Através dela, é possível identificar alguns itens no quarto ou na casa que podem interferir na qualidade do sono. O geobiólogo Allan Lopes acredita que iluminação, desconforto e aparelhos eletrônicos são os grandes vilões das noites mal dormidas. “A presença de muita luz pode diminuir nossa capacidade de produção de melatonina, um hormônio fundamental para a regulação das glândulas do organismo, do sistema imunológico e dos ciclos internos do corpo, como dia e noite”, explica.


Se houver muita luz da rua entrando no quarto, o especialista indica o uso de uma persiana ou cortina do tipo blackout na janela, para deixar o local mais escuro. É importante também lembrar que o ambiente precisa ventilar. Isso porque nosso corpo libera toxinas durante a noite, o que torna essencial a circulação de ar no quarto durante o dia. Outro fator que poucos levam em consideração é a presença de aparelhos eletrônicos no quarto. Esses objetos causam poluição eletromagnética, o que pode alterar fases do sono e provocar insônia e inquietação. “Se não puder tirar os aparelhos do quarto, tem de retirá-los da tomada. Quando estão conectados, o campo elétrico dos aparelhos continua operando e atrapalhando nosso sono”, alerta o geobiólogo.
Dormindo com o inimigo
Prezar por conforto também é fundamental para dormir com qualidade. Para isso, analise o seu colchão e lembre-se de que ele precisa ser trocado a cada cinco anos, porque sua superfície vai se deformando ao longo do tempo. Na hora de adquirir outro, o especialista em Geobiologia indica os colchões feitos de materiais naturais, por se adaptarem mais facilmente à forma e ao peso do nosso corpo, sem alterarem sua estrutura com o tempo de uso.

Allan destaca que os demais colchões, como os de espuma, são fabricados com materiais que liberam substâncias tóxicas e podem causar alergias e problemas respiratórios. Ele aconselha também evitar os colchões de mola, pois atraem mais campos elétricos para a cama. Sobre os colchões terapêuticos, ele adverte que seu uso não deve ser constante em hipótese alguma, uma vez que são feitos com magnetos e ondas infravermelhas e após um tempo eles deixam de trazer o beneficio terapêutico, devido ao excesso de estímulo.


Em busca do sonho
Enquanto alguns sofrem para pegar no sono, outros dormem, dormem e… acordam cansados! É o caso da jornalista Carolina Duca, 25, que precisa dormir muito para se sentir com as energias renovadas. “Eu me sinto descansada mesmo apenas se repousar por 12 horas. Por conta disso eu tinha inúmeros problemas para levantar cedo, ir para a aula, por exemplo. Depois que entrei no mercado de trabalho, as dificuldades aumentaram”, lamenta. Carolina atribui seu cansaço atual ao fato de pensar demais nas tarefas do dia seguinte na hora em que deveria descansar. Ela nunca tentou algo para melhorar seu quarto. Seu único aliado contra o árduo cansaço é um chazinho antes de ir para a cama.

Enquanto uns não buscam formas de solucionar esse pesadelo frequente, outros vão atrás da realização de um sonho. Foi o que fez a advogada Aline Resende, 25, que tem problemas para dormir desde criança. Ela conta que tentou vários meios, como homeopatia, escalda-pés, terapia e até remédio controlado. Depois de várias tentativas, ela adaptou seu cantinho para ter mais qualidade na hora do descanso: “Não tenho televisão no quarto. Eu o projetei para ser um ambiente aconchegante e acolhedor, e isso me ajuda demais a relaxar e pegar no sono. Acho essencial que o quarto e, principalmente, a cama sejam acolhedores. Além disso, tem de estar escuro e fresco”. Com ideias simples, Aline melhorou a qualidade de suas noites. Às vezes, a solução dos problemas pode estar nos pequenos detalhes que passam despercebidos. Que tal experimentar também?

MATÉRIA PUBLICADA NA REVISTA : PAPO DE SALÃO

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Geobiologia: como ter uma casa saudável, com boas energias

Poluição eletromagnética, fendas, veios d'água subterrâneos...tudo isso afeta a energia que circula na sua construção. Saiba como evitar ou curar esses males na casa

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O uso de madeira reduz o impacto da construção no meio ambiente e favorece o bem-estar dos morador.
Mais do que bonita, mais do que sustentável, uma casa pode ser saudável. É o que defende um time de profissionais que se reuniu recentemente em São Paulo durante o III Congresso Internacional de Geobiologia e Biologia da Construção. Em foco, como o nome já diz, está a geobiologia, área que estuda o impacto do espaço sobre a qualidade de vida. Como se fosse uma medicina do hábitat, pronta para diagnosticar e curar algumas patologias da construção, esse conceito faz a ponte entre a saúde e o local habitado. “De aspectos técnicos, como a distribuição da planta, a escolha dos materiais e os princípios da boa arquitetura, a fatores menos convencionais, como a poluição eletromagnética e a existência de fendas ou veios d’água subterrâneos, tudo afeta o morador”, explica o geobiólogo Allan Lopes, coordenador do evento. Com base nisso, se você tem dificuldade para pegar no sono, vive estressado e ou não consegue se concentrar no escritório, é bom prestar atenção no teto que o abriga. Às vezes, o mal-estar vem de um projeto doente.
Efeitos na saúde
A explicação não é tão misteriosa assim. Em 1982, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o termo Síndrome do Edifício Enfermo para prédios em que cerca de 20% dos ocupantes apresentam sintomas como fadiga, dor de cabeça, tosse seca, coriza e ardor nos olhos – sinais que desaparecem quando as pessoas se afastam do local e dos poluentes químicos, físicos e microbiológicos resultantes da má conservação dos filtros do ar-condicionado, do acúmulo de substâncias tóxicas e dos ácaros dali. Na concepção da geobiologia, essa definição só é um pouco mais abrangente e analisa também as energias sutis do terreno antes de dar um veredito sobre quão saudável é uma casa ou edifício erguido sobre ele. “Há estudos científicos provando que torres de transmissão celular provocam alterações fisiológicas. Outras pesquisas, mais empíricas, indicam que as fissuras e os veios d’água subterrâneos causam perturbações que levam ao estresse. Dependendo da intensidade, a saúde pode ficar bastante comprometida”, diz Allan.
O arquiteto e urbanista recifense Ormy Hütner Júnior que o diga. Especialista em construções sustentáveis e na detecção de patologias de obras civis – como problemas de impermeabilização –, ele resolveu investigar mais a fundo os efeitos das tais energias do terreno sobre a saúde. “Na faculdade, assisti a uma palestra do Mariano Bueno, espanhol especialista em geobiologia, e desde então tenho procurado usar esses conceitos no meu trabalho”, conta.
As construções sustentáveis buscam empregar matérias-primas ecológicas, sem substâncias nocivas (seja na tinta, no carpete ou na cola usada). A bioconstrução incorpora isso e agrega um diagnóstico sobre as eventuais radiações eletromagnéticas que podem ser emitidas. “Toda radiação afeta o metabolismo humano. É como se nossas células entrassem em ressonância com essa alteração iônica. Isso cria um estímulo desgastante e, com o tempo, debilita o sistema imunológico”, explica Hütner. “O radônio, por exemplo, resultado da decomposição de átomos radioativos, sobe pelas fissuras geológicas até chegar à superfície da terra, e há estudos que o associam ao câncer de pulmão”, acrescenta. Em sua monografia, defendida em julho, o profissional analisou o bem-estar em empresas que haviam solicitado uma consulta em geobiologia. Após a intervenção, que reposicionou alguns ambientes, garantiu maior ventilação e criou um projeto luminotécnico que reduziu a sensação de cansaço gerado pelas lâmpadas fluorescentes, constatou- se que 82% dos funcionários relataram diminuição do estresse. E houve aumento de faturamento. Mas como saber que uma casa está sobre uma área geologicamente inadequada? Se você pensou em radiestesia, acertou. As varetas de cobre são instrumentos valiosos para a visualização do problema. “Esse metal é altamente condutor de eletricidade e responde às alterações que passam pelo nosso corpo ao pisar no solo. Na verdade, não é a vareta que percebe a vibração. Ela apenas reflete se o corpo está sendo afetado ionicamente”, esclarece Hütner.

Soluções que se integram à paisagem com sabedoria. “Hoje, de 2 a 3% do planeta é coberto por cidades, mas 80% da geração de carbono acontece dentro delas. Pegamos ar, água e energia limpa e transformamos em calor, esgoto e lixo achando que, de alguma forma, tudo será tratado pela natureza de novo”, esclarece o arquiteto Frank Siciliano. A solução é mimetizar na construção ideias que fazem bem ao homem e ao ambiente. Ao lado, dois exemplos. Feito de bambu e tijolo de cimento e sol (sem queima) o Centro de educação paraSustentabilidade Alphaville, em Santana de Parnaíba, SP, tem luz abundante e temperatura agradável que dispensaram o uso de ar-condicionado. Já a passarela da avenida paulistana eusébio matoso ganhou teto verde, iluminação com led e elementos vazados que não pesam na estrutura e protegem o pedestre, antes inseguro com a proximidade dos carros que passam velozmente na pista abaixo.

Por que não?

A arquiteta Anna Dietzsch, de São Paulo, admite conhecer pouco sobre a radiestesia, mas demonstra simpatia pelo conceito. “No deserto, povos nômades como os tuaregues sobrevivem graças a esse saber ancestral. Por meio do diapasão conseguem detectar água”, enfatiza. E continua: “Lembro também de uma artista plástica, a Ana Teixeira, que numa performance na Holanda refez, com a ajuda de radiestesistas, o mapa de rios que haviam sido aterrados”. Ou seja, há um conhecimento genuíno que os profissionais estão dispostos a considerar. Se a radiestesia pode ser vista com bons olhos e todos concordam que a casa precisa ser mais eficiente, só fica a questão: quando é que ela deixou de ser assim? O arquiteto Frank Siciliano, fundador do Centro de Referência e Integração em Sustentabilidade (Cris), de São Paulo, tem uma interessante visão a respeito. “Acho que nos perdemos com a revolução tecnológica.

Nos anos pós-60 e 70, começamos a resolver qualquer problema com a inclusão de um ar-condicionado porque a energia era barata. Houve uma irresponsabilidade em apostar todas as fichas nessa comodidade e a maioria das pessoas parou de pensar a casa com mais eficiência”, opina. A banalização da arquitetura modernista é outro ponto de crítica. “Desrespeitaram- se conceitos sérios do bom uso dos grandes planos, do concreto e do vidro. Reduziram-se os beirais que protegiam as aberturas e com isso a insolação aumentou. vidro barateou e passou-se a fazer peles de vidro sem filtrar a luz com brises ou cobogós”, lista. Mas dá para corrigir o descaminho. “Estamos conseguindo transportar conceitos das ecovilas rurais para o meio urbano. Princípios que eram difíceis de aterrissar em cidades como São Paulo hoje chegam graças a uma demanda dos moradores e ao aumento de fornecedores – dos mais simples aos mais tecnológicos”, festeja Frank. Vivemos um momento de transição em que radiestesia, feng shui e a preocupação com resíduos e água já faz parte do importante ato que é construir uma habitação. 
  
O telhado verde é uma forma inteligente de reduzir o calor dentro de uma construção.

Para morar melhor


especialista em geobiologia detecta a energia do terreno por meio da radiestesia. “Se não for possível evitar construir sobre uma falha geológica, por exemplo, pode-se criar uma planta inteligente na qual a cama, a mesa de trabalho e o fogão (áreas de maior permanência) fiquem posicionados na zona mais neutra possível”, diz a arquiteta carioca Aline Mendes, especialista em feng shui. A técnica é outro recurso importante para quem quer construir ou reformar. Os demais itens vêm da arquitetura sustentável e visam tornar a morada eficiente e econômica:
• Invólucro que permita boa qualidade de luz e renovação de ar. Sem uma boa solução de ventilação, a casa vai pedir mais energia do ar-condicionado. O vidro termogênico, por exemplo, deixa entrar luz e não calor.
• Uso de materiais ecológicos, telhado verde, jardim comestível e painéis solares.
• Tratamento de água e esgoto. “Esse custo fica em torno de 20 a 30% superior na fase da construção. “Mas de três a oito anos começa-se a recuperar o investimento e obter lucro”, diz Aline.
Divulgação
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O arquiteto mineiro Carlos Solano
Livre de toxinas e cheia de vida
O arquiteto mineiro Carlos Solano, autor da coluna Casa Natural, veiculada durante dez anos na revista BONS FLUIDOS, foi um dos convidados do congresso sobre a biologia da construção. Abordou as diferentes formas de trazer harmonia para o lar, sem esquecer os conselhos de dona Francisca, a personagem que ele criou para transmitir conhecimentos dos antigos rezadeiros. “Uma casa, antes de mais nada, precisa de limpeza de todas as toxinas. Livre-se de objetos indesejáveis e móveis que atravancam o caminho. Depois faça uma faxina de purificação com flores e ervas”, diz. “Dona Francisca lembra que o que vale para o corpo vale para a alma da casa. Exemplo: a hortelã é digestiva. No corpo, movimenta aquilo que estava estagnado. Na casa, então, vai limpar os vermes emocionais e melhorar o fluxo energético. Já a calêndula, como bom cicatrizante, ajuda a tratar as feridas e mágoas dos moradores”, ensina. Depois que a casa é purificada, ela fica como uma tela em branco e é bom preenchê-la com boas intenções. “Mentalize coisas positivas enquanto pulveriza os ambientes com água de rosa e alecrim”, sugere. A receita é fácil. Em um recipiente com 1 litro de água mineral, acrescente alguns raminhos de alecrim, pétalas de duas rosas brancas e duas gotas de óleo essencial de lavanda. Deixe o líquido tomar sol por duas horas e só então coloque em um borrifador. Borrife pela casa, dos fundos para a porta de entrada. É assim: a vida na casa tem de ser abençoada também.
Fonte: Casa Abril

sábado, 22 de agosto de 2015

COVs e SCOVs – Compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis

Esse lindo piso de madeira e essa parede impecável podem esconder ameaças à saúde da sua família!
Compostos orgânicos voláteis (COV) e semivoláteis (SCOV) são largamente utilizados pela indústria da construção em materiais de acabamento e de manutenção por contarem com propriedades bastante significativas e desejáveis, por um custo econômico relativamente menor que outras opções.
Entretanto, produtos dessa natureza como os selantes, os solventes, os retardadores de chamas, assim como os inseticidas, fungicidas, conservantes de madeira, dentre outros, podem afetar nossa saúde e serem causadores de alergias, fadiga, irritação nos olhos, problemas respiratórios e até mesmo o câncer!
Dessa maneira, eles são uma ameaça constante de intoxicação tanto para os trabalhadores que executam a obra como para aqueles que vão se servir do espaço construído como local de moradia ou trabalho
Conheça os níveis aceitáveis de COV e SCOV na certificação do Selo Casa Saudável acessando a nossa lista azul.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Produtos de limpeza ecológicos

Para minimizar o impacto que causamos no planeta, que tal fazer produtos de limpeza ecológicos? Assim, você não só contribuirá para a saúde da Terra, como também fará uma boa economia.


SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA
2 litros de água
1 sabão caseiro ralado
1 colher de óleo de rícino
1 colher de açúcar.
Ferva todos os ingredientes até dissolver e engarrafe.

DETERGENTE ECOLÓGICO
1 pedaço de sabão de coco neutro
2 limões
4 colheres de sopa de amoníaco (que é biodegradável)
Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida, esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem. Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergente que limpa, não polui e tem valor econômico muito menor que o similar industrializado.

DETERGENTE ECOLÓGICO MULTIUSO
Água
Vinagre
Amônia líquida (amoníaco)
Bicarbonato de sódio e ácido bórico
Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma colher de sopa de amoníaco, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. Utilize em qualquer tipo de limpeza, em substituição aos multiusos convencionais. Como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecológicos fora do alcance de crianças e animais domésticos.

DESINFETANTE PARA BANHEIRO
1 litro de álcool (de preferência 70º)
4 litros de água
1 sabão caseiro
Folhas de eucalipto
Deixe as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferva 1 litro de água com o sabão ralado, até dissolver. Junte a água e a essência de eucalipto. Engarrafe.

AMACIANTE DE ROUPAS
5 litros de água
4 colheres de glicerina
1 sabonete ralado
2 colheres de sopa de leite de rosas
Ferva 1 litro de água com o sabonete ralado até dissolver. Acrescente mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colheres de leite de rosas. Mexa bem até misturar e depois engarrafe.

PARA LIMPAR JANELAS E ESPELHOS
Para limpeza de rotina, use 3 colheres de vinagre diluídas em 11 litros de água quente. Se o vidro estiver muito sujo, primeiro limpe-o com água e sabão. Para secar superfícies, utilize tecido de algodão reutilizado ou jornais velhos.

PARA LIMPAR E DESODORIZAR CARPETES E TAPETES
Misture duas partes de fubá com uma parte de bórax. Pulverize generosamente, deixe descansar por uma hora e aspire. Uma desodorização rápida pode ser obtida pulverizando-se o carpete com bicarbonato e aspirando logo a seguir.

PARA AMACIAR AS ROUPAS
Adicione ½ copo de vinagre ou ¼ de copo de bicarbonato durante o enxágüe.

PARA LIMPAR O BANHEIRO
Para limpeza geral de banheiros, use escova com bicarbonato de sódio e água quente. Para pias, despeje vinagre e deixe descansar durante a noite, enxaguando pela manhã. Para limpar bacias, aplique uma pasta de bórax e suco de limão. Deixe por algumas horas e dê descarga. Ou utilize uma solução forte de vinagre.

PARA LIMPAR VIDROS E TIRAR GORDURA
Use uma solução de vinagre ou limão diluídos em água.

PARA LIMPAR O FORNO
Basta uma solução de água quente com bicarbonato de sódio, que deve ser passada com um pano fino.

PARA LIMPAR PANELAS E FÔRMAS QUEIMADAS
Cubra a área com uma fina camada de bicarbonato de sódio e água e deixe descansar por algumas horas antes de lavar.

OUTRO LIMPADOR PARA JANELAS
Misture ½ xícara de álcool, 2 xícaras de água e uma colher de sopa de amoníaco. Coloque luvas e aplique a solução com um pedaço de pano.

JANELAS E ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO
Para manter janelas e esquadrias de alumínio sempre brilhando como novas, é só limpá-las uma vez por mês com uma mistura de óleo de cozinha e álcool, em partes iguais. Em seguida é só passar um pano macio ou flanela.

LIMPADOR PARA PISOS DE CERÂMICA
Misture no balde de limpeza aproximadamente 3,5 litros de água com ¾ de xícara de vinagre branco e ½ xícara de amoníaco. Lave o piso como de costume.

NAFTALINA
A naftalina afeta o fígado e os rins. No lugar dela use sachês com flores de lavanda.

DESODORANTE DE AMBIENTE
Pode ser substituído por uma solução de ervas com vinagre ou suco de limão. Além de gastar menos dinheiro, você evita produtos responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias e alergias.

Fonte: Ipema Brasil     Via: Cura Pela Natureza