terça-feira, 21 de novembro de 2023

As Energias do Ambiente à Nossa Volta

As energias do ambiente à nossa volta, em geral, passam desapercebidas por nós, e isso ocorre porque nossa capacidade sensorial é bastante limitada. Só conseguimos ver, ouvir, cheirar e sentir uma pequena gama das energias que compõe o ambiente em que vivemos. Entretanto a vida é continuamente influenciada pelas energias ambientais, que afetam com o tempo, a nossa saúde e bem estar. As energias ambientais podem ser:

Energias Naturais 

As energias que são geradas por nosso Planeta, seja pela própria constituição ou pelo desequilíbrio. São elas:
  • Falhas geológicas que geram campos eletromagnéticos de alta tensão, e que quando ocorrem cruzamentos dessas falhas, a alta tensão se intensifica, e com isso, se tornam nocivas à vida;
  • Veios d'água subterrânea que drenam e debilitam a energia dos nossos corpos;
  • Alta tensão e radiação Beta gerados pelo aquecimento do núcleo do Planeta, e irradiados através de toda crosta terrestre, que ao se acumularem às demais nocividades de cada local acabam gerando desequilíbrios;
  • Redes eletromagnéticas utilizadas pelo Planeta para disseminar a energia por toda superfície do Planeta. São elas: redes Hartman, Peyre, Curry entre outras. Quando ocorre o cruzamento simultâneo de mais de duas linhas de uma dessas redes, surgem então os cruzamentos que são bastante nocivos, como no caso do Cruzamento Estrela que é quando pelo menos 4 dessas linhas se cruzam.

Energias Artificiais
  • São aquelas produzidas pelo Ser Humano no desenvolvimento tecnológico, para trazer mais facilidades para à nossa vida, como: o micro-ondas, que são ondas existentes em todos os locais habitados em função da irradiação gerada pelas antenas de transmissão e de celular, redes wi-fi, telefones sem fio, celulares; Atualmente, as redes wi-fi estão gerando 600Mhz de micro-ondas em todas as cidades. Isso impede que nossas células descansem, causando cansaço e insônia. O corpo só descansa a nível consciente, mas as células permanecem trabalhando 24 horas por dia. Quando existe torres de celulares próximas ao imóvel a situação se agrava.
  • Campos eletromagnéticos emitidos por equipamentos eletroeletrônicos, redes de distribuição de alta e média tensão e/ou transformadores;
  • No Macro ambiente a contaminação ocorre por inúmeros aparelhos operados via satélite, torres de transmissão e captação de micro-ondas, e enormes de transporte de energia elétrica.
  • Falha geológica, pela escavação dos túneis para o metrô.
Energias Sutis
  • São constituídas principalmente pelas energias espirituais do ser humano:
    • Energias impregnadas em objetos ou nas paredes de imóveis onde já viveram pessoas com problemas pessoais, pensamentos negativos, desavenças, sofrimento, cultos ou rituais;
    • Almas desencarnadas presas no Astral, de falecimento no local ou na região;
    • Entidades espirituais, liberadas muitas vezes com os karmas de moradores;
    • Outras ocorrências ou energias incompatíveis com os novos moradores ou da empresa.
    • Estas energias são cumulativas, se não forem limpas, e vão afetar principalmente, no nível emocional, e no fluir das atividades.
A ocorrência isolada ou simultânea de um dos fatores acima tende a reduzir o biótico (condição para a vida) ambiental e prejudicar a saúde dos que vivem sobre esses locais:


Alta tensão e radiação Beta, gerados pelo aquecimento do núcleo do Planeta e irradiados através de toda a crosta terrestre, atualmente se acumulam às demais nocividades de cada local;

Redes eletromagnéticas: utilizadas pelo Planeta para disseminar a energia por toda a superfície do Planeta. Redes existentes: Peyre, Hartmann, Curry e outras. Quando ocorre o cruzamento simultâneo de mais que duas linhas de uma dessas redes, surgem cruzamentos bastante nocivos como o Cruzamento Estrela que onde cruzam pelo menos quatro dessas linhas.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Como o Projeto de uma Casa pode Impactar no Bem-Estar dos moradores

Neste projeto dos arquitetos Carlos Solano e Ulisses Lins, a árvore foi preservada e abraçada pela casa (foto: Simone Villani/Divulgação)
Você que ainda não conhece o conceito, imagine o que é uma casa saudável? Qual a sua importância? E como ela influencia sua vida? Pois é, essa deveria ser a preocupação de todos, já que na concepção da Organização Mundial de Saúde (OMS), habitação saudável é um agente da saúde dos moradores e seus usuários ao levar em conta o impacto das construções sobre a nossa vida.

Podemos estender essa definição pontuando que a casa saudável vai além da morada física, remete ao cuidado com todo o meio ambiente e com o planeta. É preocupação diária que todos deveriam ter ao construir sua casa: preservar árvores, buscar a luz solar, respeitar as encostas dos terrenos, nascentes, afluentes e leito dos rios, preservar a vegetação, enfim, dialogar com o ambiente. É como se todos adotassem a geobiologia, área que estuda as relações entre a evolução da vida e a evolução geológica da Terra.

Ou, como nas palavras do biólogo da construção Allan Lopes, diretor técnico do Selo Causa Saudável, “a casa saudável é, em primeiro lugar, uma filosofia de vida. É entender que os espaços refletem nosso estado de espírito, nosso estado físico e nossa disposição diária, assim como o caminho contrário também é verdadeiro: os espaços incentivam estados de espíritos, físicos e de disposição diária. Assim, ao sabermos dessa relação mútua entre a casa e a nossa vida, o conceito da casa saudável para a ser uma escolha por viver bem, com qualidade de vida, bem-estar e saúde”.

A partir dessa perspectiva, Allan Lopes explica que podemos entender que a importância de uma casa saudável é exatamente a mesma importância de uma alimentação saudável e de hábitos de vida saudáveis, ou seja, “a sua manutenção adequada determina o tipo de vida que levamos, nossa longevidade e nossa maneira de ser e existir no mundo. Pode parecer exagerado, mas assim como existe a máxima 'você é o que você come', podemos parafrasear e dizer que 'você é o lugar que você habita e trabalha' sem o menor medo de errar ao fazer tal afirmativa”.

Allan Lopes ressalta por que devemos nos preocupar em ter uma casa saudável. “As pessoas só devem se preocupar com uma casa saudável, livre de tóxicos, com ar de qualidade, acústica correta, ambientação que empodere os moradores e usuários se elas quiserem viver de forma saudável, se quiserem ter corpos vivos, mentes brilhantes, emoções equilibradas e felicidade de viver. Se alguém quer permanecer doente de corpo e mente e viver sem bem-estar de forma autônoma no mundo o conceito da casa saudável não é para ela...”

NÍVEL A
A percepção e aplicação da casa saudável não parte só das pessoas, mas cada vez mais é uma iniciativa das empresas do ramo da construção. A Construtora Caparaó foi a primeira empresa da América Latina a obter o reconhecimento de construção sustentável com o “Selo Casa Saudável Nível A” no empreendimento Albert Scharlé, que atende a diversos critérios que asseguram o bem-estar dos moradores. Entre as práticas adotadas e avaliadas pela certificação estão projetos que contemplam a qualidade do ar, a luminosidade natural, acústica do entorno e entre unidades, paisagismo com plantas comestíveis e diversificadas, estudo do caminhamento das tubulações elétricas e hidráulicas afastadas das camas, alta capacidade de personalização dos apartamentos, entre outras medidas.
A missionária Elaine Coelho criou uma sala destinada à meditação 
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Para a arquiteta supervisora de projetos e produtos da empresa, Letícia Valle, “diferente de outros selos, que igualmente almejados valorizam a eficiência energética e sustentabilidade, inclusive na fase de obra, o Selo Casa Saudável se preocupa exclusivamente com a qualidade de vida dos clientes. Além desses elementos, a certificação ainda analisa qualidade da água, materiais, projeto, manutenção e sustentabilidade, onde a empresa também se destacou”.

O Albert Scharlé conquistou a premiação em 2015 e é o primeiro edifício da construtora a receber o selo. Mas grande parte das premissas da certificação já é comumente adotada na construção em outros de seus condomínios. Entre os diferenciais que levaram à conquista do Albert Sharlé, vale destacar que, apesar de ocupar um quarteirão inteiro, ele foi construído em uma única torre de 30 andares, o que garante a livre circulação de ar e a iluminação natural em todo o apartamento. E, de acordo com Letícia Valle, a construtora teve o cuidado de instalar tomadas e tubulações elétricas a uma distância de pelo menos 30 centímetros do local reservado para camas nos quartos. “Isso porque a exposição, em excesso, a campos magnéticos pode gerar estresse e também doenças mais graves. As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde delas, mas essa busca não adianta se o lugar onde ela mora lhe causa problemas. A Caparaó tem esse cuidado e oferece real bem-estar nos empreendimentos.”

Essas são histórias de quem não abre mão de uma casa saudável e procurou saber de especialistas as atitudes que precisamos tomar para morar em um lugar que contribui com a saúde e o bem-estar.

Um modo de viver
Quem se preocupa com a filosofia da casa saudável acredita que há toda uma ligação com a espiritualidade de cada um e a busca pela harmonia e pelo equilíbrio

Uma casa saudável transforma vidas. Acreditem. Seja no plano físico ou espiritual. Elaine Coelho, enfermeira e missionária que cuida de instituições filantrópicas, criou um ambiente de meditação como o espaço que personifica seu ideal de casa saudável. “A espiritualidade é um modo de viver que passa pela experiência no meu dia a dia. Ter uma sala de oração dentro da minha casa, com um ambiente favorável, foi a maneira mais prática e simples que encontrei de ter uma vida mais saudável e de qualidade”, afirma.

Elaine revela que essa sala é um lugar de encontro. “Por ser um lugar tranquilo e agradável, ela me ajuda a me encontrar comigo mesma. Quando estou na sala, trago memória, recordações e lembranças e coloco os meus sentidos aflorados. Percebo com mais intensidade os ruídos, os cheiros, as cores e quando as imagens vêm é como se eu entrasse na cena. Com essa experiência, consigo ter mais equilíbrio. O que promove a minha saúde física, psíquica e espiritual.”

O que Elaine mais gosta de fazer é meditar. É o momento em que ela diz tomar consciência das suas vivências e assim as coisas ganham sentido e legitimam o que ela experimenta naqueles instantes. “Ter um espaço em casa com esse fim é ter consciência da sua importância e valor. É nessa sala que eu consigo diminuir os meus conflitos. Dialogo comigo mesma até entender o que estou sentido e depois passo a escrever. Costumo meditar ao longo do dia o que mais me marcou e com isso vou me aperfeiçoando pouco a pouco. Não consigo viver sem meditar. E até quando viajo faço de algum lugar a minha sala.”

Elaine conta que a ambientação da sala convida as pessoas a permanecer nela. O que comprova que uma casa saudável beneficia não só os moradores, mas também os usuários. “O silêncio, a simplicidade e a paz são sentidos pelas pessoas que por lá passam e não querem de lá sair. Acredito que a sala tem uma energia 'santa'. Se hoje me perguntassem o que mais experimento e descubro nesta sala, eu diria que a vida é bela e a gratidão que carrego comigo me faz sentir amada e com desejo de amar.”

NOSSA SENHORA

Funcionária pública aposentada e ex-secretária executiva, Nadir de Freitas acredita que casa saudável é aquela que dispõe de móveis bonitos, de acordo com o estilo de cada um, e que todos os ambientes possam ser usados, em que nada é intocável. É a casa que pode ser curtida e não faz dos moradores ou visitantes prisioneiros. Ela conta que se mudou para um apartamento menor, mas se sente muito bem porque “é aconchegante, proporciona bem-estar e me passa uma energia boa”.
A aposentada Nadir de Freitas escolheu um canto do seu quarto para decorá-lo como um santuário 
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Vale destacar que se você não tem condição de montar uma casa, desde a fundação, com todos os aspectos de uma casa saudável, é válido criar um ambiente que agregue os aspectos que lhe façam se sentir muito bem. No caso de Nadir de Freitas, ela escolheu um canto do seu quarto para decorá-lo como um santuário. “Nasci em 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Ganhei uma linda imagem e escolhi um lugar especial para ela. O interessante é que, ao comprar este novo apartamento, herdei com a casa uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, de quem minha mãe era devota. Eu a acolhi com muita fé. Assim, tenho no quarto um móvel, como se fosse um oratório, para acomodar as imagens. Como um altar.”

Diariamente, Nadir revela que, ao se deitar, “me concentro, fico em paz, leio, rezo, medito e meu quarto tem uma energia melhor. Eu sou superansiosa e precisava fazer alguma coisa para me equilibrar porque já me comprometia tanta aceleração. Aquela história de pensar infinitamente é difícil, consome energia demais. Agora, esse é o meu lugar de casa onde fico em paz, onde me encontro, é confortável e sinto que ele me recebe”.

Nadir, uma mulher ativa, que faz pilates, ginástica, caminhada, é curiosa, adora política e futebol, e não abre mão de ser atualizada, e diz que, na verdade, tem uma casa de coração aberto. “Dois filhos moram comigo, Thiago e Mariana, e sinto que meu canto reverberou por toda a casa. Tanto que a convivência entre nós melhorou e percebo que temos mais harmonia e paciência uns com os outros.”

PALAVRA DE ESPECIALISTA
Maria Valéria Loureiro Signorini Arquiteta e decoradora que atua com feng-shui
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
"Coisas certas nos lugares certos “Uma casa saudável é aquela que traz harmonia, bem-estar, aquele desejo incontrolável de querer voltar para ela ao final do dia... se aninhar! Afinal, é nela que vamos nos recompor, energeticamente, para, então, iniciar uma nova jornada. E como conseguir isso? Primeiramente, fazendo com que essa casa tenha a sua cara, que nela esteja impresso – nas paredes, nos móveis, nos adornos – um pouco de você. Com personalidade, mas com harmonia. Todos nós gostaríamos de uma casa que nos trouxesse aconchego, saúde, tranquilidade (principalmente financeira) e um bom sono. Mas nem sempre isso ocorre. E aí esbarramos na energia que o imóvel traz desde sua construção. Energia que ali ficou armazenada, chegando do macrocosmo, na época em que recebeu telhado, portas, janelas, água, luz... Então, em segundo lugar, vamos conseguir nossa casa saudável com a ajuda de um profissional que saiba analisar sua casa em termos energéticos. O feng-shui vai ajudar a colocar as coisas certas nos lugares certos. A cor certa no lugar certo. A sua cama no lugar certo. Vai fazer entender por que você não dorme bem, por que não tem vontade de voltar para casa ao fim de um dia de trabalho intenso. Por que vive cansado... Vai harmonizar, ajudando a distribuir melhor a energia e transformando a sua casa no que de melhor ela puder lhe oferecer."

O lado invisível da arquitetura
Arquiteto cria projetos a partir das histórias e significados da vida que as pessoas lhe contam. Para ele, são a matéria-prima essencial para um ambiente saudável.
Estar próximo à natureza, trazer o verde para dentro de casa impacta no bem-estar dos moradores (foto: Bruno Bastos/Divulgação)
A casa é uma expressão de nós mesmos. Você pode até camuflar, mas em algum momento será revelador. Carlos Solano, arquiteto, autor de vários livros, coordenador do Seminário Internacional de Feng Shui e do curso “Casa natural e terapias da casa” e agente da campanha “Vamos plantar 1.000.000 de árvores”, acredita que essa certeza tem como origem as palavras arquitetura, lar e habitar. Segundo ele, a arquitetura surge da união dos termos gregos arché (primordial, essencial) e tékton (construção), fala da nossa “vontade essencial e profunda de ser” que busca se construir no mundo. “Ou seja, as pessoas têm histórias para contar, com significados que, para mim, são a matéria-prima de um projeto.”

Ele ressalta que a paisagem e o clima também têm uma 'vontade' que deve ser ouvida. “Projetar para alguém em Belo Horizonte é diferente de projetar para a mesma pessoa em Manaus. Já habitar vem do latim habitare e significa haver ou 'haver-se' ('ter-se' ou tomar posse de si mesmo). A casa sempre nos convida a fazer isso, independentemente da ambientação escolhida. Às vezes, as pessoas compram os móveis em uma loja, onde estavam montados de um jeito impessoal, e os levam para a casa reproduzindo a mesma composição. Mas, ainda assim, elas irão se projetar no ambiente por meio de atos, sentimentos e pensamentos que também ajudam a construir esse lugar de viver, que poderá se tornar agradável ou não. Esse lado invisível da arquitetura existe e deve ser considerado. Mesmo o jeito impessoal de compor os ambientes está dizendo algo da pessoa naquele momento. Talvez fale de uma falta de contato consigo ou da necessidade de aprovação dos outros, seguindo modismos. A casa sempre será uma forma de expressão humana.”

E a palavra lar, de acordo com Carlos Solano, vem do latim lareira, fogo, fogão, a chama central que existia nas moradias em tempos antigos e aquecia os ambientes. Hoje, esse fogo ganha uma conotação afetiva e pode ser traduzido por “chama de vida” ou “coração”. “Assim, todo lar guarda esse sentido na memória, todo lar é a expressão de uma chama de vida: intenções, significados, histórias, memórias, vivências, cuidados.”

Carlos Solano explica que nossa moradia cumpre duas funções importantes. Ela é o espelho de nós mesmos (o que pode nos ajudar a reajustar a rota de vida de quando em quando) e o lugar da nossa regeneração (onde recuperamos forças e nos alinhamos para atuar criativamente no mundo). Para que ela cumpra bem essa segunda condição, devemos agregar o máximo de vivências positivas em casa. “Meu amigo índio, o escritor Kaká Werá, me contou que uma certa tribo no Xingu não leva discussões para dentro de casa. Quando surge algum conflito, as pessoas se reúnem do lado de fora, no centro da aldeia, e um mediador ajuda na solução. Só voltam com tudo resolvido. Isso é muito sábio. Nossa casa é também construída pelo que vivenciamos lá dentro e deveríamos escolher apenas o que nos dignifica e nos alinha com um caminho de ampliação e felicidade”, conta.
"A casa saudável é aquela em que os hábitos e os significados da convivência 
são lapidados e aperfeiçoados no dia a dia. Mas isso depende dos moradores" 
Carlos Solano, arquiteto - (foto: Ermelinda Costa/Divulgação)
O arquiteto enfatiza que a casa saudável não é apenas aquela que usa as boas tecnologias ecológicas ou que quase não agride o meio ambiente durante a construção. “Mas, principalmente, é a que vive o que chamo de 'ecologia humana', que defino como uma forma de caminhar leve sobre a Terra. A expressão de uma postura inclusiva com respeito às diferenças pessoais e à boa relação com o meio ambiente na forma de consumir, descartar o lixo etc. A casa saudável é aquela em que os hábitos e os significados da convivência são lapidados e aperfeiçoados no dia a dia. Mas isso depende dos moradores.”

CASAS MAIORES

Consumismo, modernidade, sustentabilidade, reciclagem e reaproveitamento. Como lidar com esses desejos, muitas vezes, opostos? Para Carlos Solano, a questão básica é o equilíbrio entre o ter e o ser. “O consumo é superestimulado pela nossa cultura, junto com a ilusão de que consumir e acumular (ou ter) gera felicidade. Além disso, acumular nos dá uma sensação ilusória de permanência, apesar de a vida ser impermanente e estar em constante movimento. O Ocidente, especialmente, cristaliza-se nessa ideia e, assim, perde contato com a leveza da vida. A escritora japonesa Marie Kondo, autora de um best-seller sobre organização de casa, diz que devemos guardar apenas o que nos dá alegria. Concordo e penso que a casa não precisa ser minimalista, mas deve evitar o que não é significativo, o acúmulo puro e simples. Você pode ter uma biblioteca, coleções de objetos, uma galeria de quadros, desde que isso faça sentido, que você goste ou usufrua de alguma forma. E a nossa casa não está solta no espaço, mas inserida numa cidade, num país e num planeta, que são nossas 'casas maiores'.”

O arquiteto destaca que concorda com o teólogo Leonardo Boff quando ele diz que “o contrário do consumo não é o não consumo, mas um novo ‘software social’, um novo acordo entre o consumo solidário e frugal, acessível a todos, e aos limites intransponíveis da natureza”. Para conhecer mais do trabalho de Carlos Solano, vale a pensa mergulhar no último livro que ele lançou: Casa nossa de cada dia, pela Editora Laszlo.

Divã da construção

Como arquiteto, Carlos Solano muitas vezes assume o papel de psicólogo ao lidar com os temperamentos humanos. Ele diz que as pessoas normalmente não se revelam num primeiro contato e nem ficam à vontade num escritório de arquitetura para abrir a própria intimidade. Por isso, ele propõe um processo de conhecimento organizado em quatro momentos: Fogo, Água, Ar e Terra, desenvolvido com o arquiteto José Cabral. Eis os quatro momentos da criação. Cada um deles conduz à revelação de um temperamento, de uma realidade íntima. Todo esse processo (com exceção da leitura da paisagem) é feito na casa atual do cliente, o lugar onde ele está mais à vontade e pode se revelar melhor.

1 - Fogo, momento de inspiração
Apresentação pessoal e da casa sonhada. As pessoas se apresentam, cada uma conta sobre a casa sonhada (do outro no caso de um casal). Uma forma de afinar o conhecimento. Ao final, sorteamos a carta de um baralho de flores. Ou usamos outro recurso como o I ching ou o Jogo da transformação. No caso do baralho, cada flor tem uma mensagem. O que a carta sorteada diz sobre a futura casa? Cada casa, ao final, é uma flor...

2 - Água, momento de autoinvestigação e narração de histórias

A casa da infância e biografia das casas visitadas. A primeira casa em que vivemos fala do nosso primeiro contato com o mundo físico e nos marca definitivamente. Todas as moradias que almejamos no futuro estão enraizadas nas boas e más experiências nessa casa primeira. Peço às pessoas que desenhem, com as cores do giz de cera, essa casa e me convidem para entrar, que contem histórias, mostrem os lugares secretos, os acontecimentos marcantes. Antes de sair, deixo uma tarefa: anotar com cuidado uma biografia dos lugares por onde se passou e como eles marcaram, desde a infância até o dia de hoje. O quintal imenso da casa da avó dava medo ou libertava? O quarto apertado do sótão sufocava ou aconchegava? E assim vamos descobrindo segredos, reações, experiências únicas.

3 - Ar, momento de livre imaginação

A casa do futuro. Uma brincadeira quase. Propomos um jogo, A casa do futuro, imaginando que a sonhada já está terminada. Eu quero saber como foi o primeiro dia na casa nova, com detalhes. Se for preciso, ativamos a imaginação com a ajuda de um jogo de tabuleiro, que criei com o arquiteto José Cabral, no qual os dados vão conduzindo o jogador para os ambientes da casa, em diversos momentos do dia. Pela imaginação e livre associação, extraímos um conhecimento mais ainda amplo.

4 - Terra, momento de observação

A investigação do cotidiano, a leitura da paisagem. Nesse ponto, as pessoas descrevem o cotidiano. Depois, fazemos juntos a leitura da paisagem onde a casa será construída. Em silêncio, cada um leva uma prancheta e um mapa do terreno nas mãos. Vamos colorindo o mapa de acordo com a percepção pessoal: lugares de estabilidade e solidez, de confluência e encontro, de introspecção ou relaxamento, de risco e vulnerabilidade, de expansão ou abertura, de mistério e magia, de elevação, de proteção e intimidade... E assim o terreno vai se mostrando e o local da casa se revelando. Colhemos fragmentos do lugar. Uma semente alada pode indicar um lugar sagrado. O formato de uma pedra pode inspirar o desenho de uma praça. Uma folha rendilhada pode sugerir formas arquitetônicas ou soluções de implantação.
Fonte: UAI

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O Que Significa Ter Uma Casa Saudável - Parte 1

Casa saudável é aquela em que as paredes respiram, os materiais utilizados são saudáveis, a base de água, como a tinta e o sinteco, a tubulação é de polietileno. Quando o barulho que vem do exterior é muito alto, ter janelas acústicas, cortinas acústicas. Seguir a orientação do Selo Casa Saudável que possui os parâmetros para que a casa tenha condições de ter qualidade de vida, preservando a saúde da habitação, e consequentemente de seus moradores.

Fachada da pousada Ronco do Bugio, em Piedade, interior de São Paulo. 
O projeto da Sustentech tem o certificado HBC (Healthy Building Certificate) nível A (construção saudável).
Imagem: CasaVogue

É importante ter um projeto personalizado, que incentive a convivência e o relacionamento familiar, as cores a serem utilizadas devem ser cores que tenham a ver com cada ambiente, já que certas cores, aquelas que incentivam a mente a trabalhar não são adequadas aos quartos de dormir. O monocromatismo deve ser evitado.

Quanto a iluminação, quanto mais luz natural entrar no ambiente mais saudável ele será, mas sem exageros, já que todo excesso causa desequilíbrio. Um sono saudável e reparador requer um quarto todo escuro, com vedação nas portas e janelas para que não entre nenhuma luz. Nosso corpo produz a melatonina no escuro, enquanto dormimos, logo é importante que o quarto de dormir fique totalmente escuro. As lâmpadas a serem usadas em áreas de trabalho ou estudo não devem ser lâmpadas com tecnologia intermitente, e sim iluminação com lâmpadas com tecnologia contínua. As Lâmpadas intermitentes ficam piscando mesmo que a pessoa não perceba e isso cansa e, com o tempo pode causar problemas de visão.

Outra questão importante a ser seguida é quanto ao nível de ruído que entra no imóvel, pois isso também irá causar problemas de saúde, como estresse, irritação, sono intranquilo, entre outras causas. Em um imóvel que tenha dois andares ou mais, se faz necessário ter um cuidado com o controle de isolamento acústico entre os andares, pois ouvir os barulhos provenientes do outro piso fatalmente irão causar desequilibrio em que ouve esses barulhos. Esse cuidado também deve ser tomado nas paredes que dividem ambientes em que de um lado temos um quarto, pelo mesmo motivo explicado.

Uma casa saudável não deve ter materiais com metais pesados como cromo, arsênico, mercúrio, chumbo, cádmio, manganês, amianto então nem se fala, pois esses metais pesados irão acarretar um desequilíbrio em seus moradores.

Materiais que liberem formaldeídos, metanol, cloro, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, gases de combustão fácil, não devem ser usados. Devemos ter cuidado no uso de solventes e outros compostos orgânicos voláteis como por exemplo, hidrocarbonatos, cetonas, fenóis, benzenos, e muitos outros. Devemos ter cuidado com produtos como inseticidas, fungicidas, conservantes de madeira para que não exalem uma quantidade maior do que nosso corpo pode suportar.

Quanto ao projeto hidráulico devemos sempre ter em mente não ter prumadas de tubulações passando atrás de cabeceiras de cama, mas também não deve haver tubulações que passam horizontalmente perto de cama ou lugares de longa permanência. A preocupação com o tipo de tubulação utilizada deve ser observado, devem ser inertes quimicamente, exceto para tubulações de dejetos, resíduos, ou dejetos.

Como podem verificar, todo cuidado ao se projetar, reformar e construir uma habitação é pouco para que o imóvel seja saudável, não ocasionando problemas de saúde em seus moradores.

Autora Artigo: Celina Lago - Arquiteta Sustentável - Profissional do Selo Casa Saudável
E-mail: celinalago.arquiteta@gmail.com 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Dicas práticas para ter uma casa mais saudável e harmoniosa

 

Imagem do Edifício Kadosh, da RKM Construtora. O primeiro edifício a receber o Selo Casa Saudável.  


O Selo Casa Saudável mostra os parâmetros para que uma construção que não atinja a saúde das pessoas. Para entender de onde vem este certificado, é importante se familiarizar com a geobiologia. Também conhecida como a biologia da construção, é o estudo de como o espaço impacta a saúde humana – e como podemos utilizar desse pilar para melhorar um lugar e nosso organismo. Na prática, ela reúne tudo o que afeta o nosso bem-estar, que está diretamente ligado à nossa saúde. 

“No começo do século houve uma grande procura pelos conceitos sustentáveis e suas aplicações. O que acabou girando muito dinheiro em cima de publicidade e marketing sobre o assunto trazendo o nome – e a cor verde. mas nenhum benefício de fato ao meio ambiente”, comenta o presidente do Instituto Brasileiro de Geobiologia, Allan Lopes. “Como o conceito de sustentabilidade veio se deteriorando com o tempo, tivemos uma decisão para nortear uma construção verdadeiramente saudável”, completa. “É a introdução de um conceito no Brasil que já existe há muito tempo no exterior”, comenta o especialista. 

A geobiologia está preocupada com o conforto a longo prazo e as consequências que o meio pode trazer para o seu organismo. Veja algumas dicas de como colocá-la em prática na sua casa. 

Iluminação

A iluminação deve ser o mais natural possível. A luz natural provinda do sol é responsável pela produção de Vitamina D, cuja função é a absorção de cálcio e fósforo. 

Ter um ambiente bem iluminado também traz uma ação bactericida. Lugares escuros e úmidos proliferam fungos e bactérias, tornando o espaço insalubre. 

Já durante a noite, é recomendável retirar aparelhos como computadores e celulares do ambiente. “Mesmo quando o aparelho está desligado, em modo de espera, aquele pequeno sinal de led já atrapalha”, conta Allan. O led, principalmente o vermelho, dá a informação para o nosso corpo de que ainda está de dia. 

Tendo como padrão a natureza, o nosso organismo foi feito para morar nas cavernas. A luz é a informação que diz para a gente que está de dia.  Então é ela quem determina a nossa produção de vitamina D, entre outras substâncias, que estimula a gente a produzir. 

À noite, é importante que tudo esteja escuro para que os hormônios noturnos sejam sintetizados. É dormindo que produzimos melatonina, por exemplo, o hormônio que regula o sono e regenera a pele. Se temos luz no ambiente, há uma pausa nessa produção e uma confusão no nosso organismo, prejudicando a qualidade do sono, a sintetização dos hormônios, vitaminas, e a nossa disposição.   
Qualidade do ar 

Podemos observar algumas formas de contaminação do ar. Entre elas a química, que se dá por meio de toxinas presentes, como benzeno, tolueno, entre outras. A origem destas substâncias é variada, podendo vir dos materiais de construção, como tintas e vernizes; dos mobiliários, que podem liberar substâncias de colas e materiais sintéticos. 

Essas substâncias presentes em acabamentos e mobiliários normalmente são chamadas pelo nome genérico de Composto Orgânico Volátil (COV, ou em inglês VOC, Volatile Organic Compound). A cola, por exemplo, é manipulada e você sente o cheiro de longe. 

A atuação destas toxinas em geral no nosso organismo pode ser desde uma simples irritação na pele ou nas mucosas (boca, olhos, nariz) até severas complicações respiratórias, alergias e outros sintomas. 

Existem empresas que tendem a diminuir e colocar em zero. E já começou a confecção do Selo para produtos. Mais de 60 estão sendo analisadas no momento. “Como o projeto começou em setembro, as empresas ainda vão receber o certificado”. 

Ventilação

A ventilação também é um aspecto fundamental. Se a casa ficar sempre fechada, os níveis de poluição interna do ar sobem. Mesmo em São Paulo, onde o ar é muito carregado, é preciso abri-las para ventilar.

O especialista explica que quando fechamos as janelas e o espaço não tem ventilação, a produtividade cai. Estamos trabalhando e gastando mais energia para produzir. 

Som

Dividindo a qualidade do som em três níveis, temos aquilo que é ilegal que traz perda da qualidade auditiva; o desconfortável, que interfere na nossa capacidade de concentração; e o saudável, que interfere na nossa irritabilidade.

No trabalho, às vezes precisamos falar mais alto, existem grandes barulhos e nosso estímulo auditivo interfere na nossa irritabilidade – afetando diretamente a nossa saúde. “Quando o corpo não sabe o que fazer, assim como na situação dos exemplos acima, ele se protege e ‘fica nervoso’. Nossa pressão aumenta, assim como a tensão muscular”. Nosso corpo, assim como a natureza, vive um ciclo – que temos que manter em equilíbrio! 

Para saber mais sobre este projeto e consultar um especialista, acesse o  site do Selo Casa Saudável. E mãos à obra!  

Leia mais em: Revista Claudia





terça-feira, 28 de abril de 2020

Aprenda a fazer revestimento de terra para paredes

 Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes

O arquiteto Rafael Loschiavo, do Ecoeficientes, ensina o passo a passo

A aplicação do reboco natural feito a base de terra é uma técnica bastante utilizada na bioconstrução. É a mesma mistura utilizada para os tijolos de adobe. Apesar de simples, seu uso ainda é pouco disseminado. Rafael Loschiavo, do escritório de arquitetura  Ecoeficientes, ensina o passo a passo que pode dar vida nova a uma parede que estava “caidinha” sem precisar de grandes reformas.
Loschiavo é especializado em soluções de arquitetura sustentável e aplica diversos conceitos em suas obras. Em entrevista ao CicloVivo, ele diz que é preciso desmistificar a ideia de que arquitetura sustentável, ou eficiente, seja mais cara. “Muitas escolhas de projeto não influenciam em nada no custo de uma obra, é o caso da arquitetura passiva, que utiliza a própria natureza, como a ventilação, o sombreamento e a iluminação natural, para criar ambientes mais agradáveis e eficientes.”
Em uma das reformas que ele desenvolveu (veja a obra inteira aqui) o arquiteto decidiu dar nova vida a uma parede existente de tijolos, que já estava coberta com camadas de tinta e massa. A parede foi bastante raspada para retirar as camadas e uma nova tubulação elétrica foi instalada. Depois disso, recebeu o revestimento feito com terra, areia e fibras naturais, que foi misturado com os pés e aplicado manualmente.

Como fazer o reboco de adobe

Para produzir o adobe você precisa apenas de uma peneira, um balde e uma lona.
Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes

Ingredientes da massa do adobe

  • 1 Balde de Terra (escolha a cor da terra que desejar);
  • 1 Balde de Esterco (de vaca ou cavalo);
  • 2 a 3 Baldes de Areia (depende do nível de arenosidade da terra);
  • Água.
Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes
Passo a passo:
  • Misture a terra e a areia de maneira que quase se tornem uniformes;
  • Triture bastante o esterco e misture-o à seco com a terra e a areia;
  • Forme um monte com um furo no meio, parecido com um vulcão, e coloque água nesse buraco, jogue de pouco em pouco de forma que a água não escorra pela lona;
  • Misture com os pés, você vai sentir que a massa vai estar começar a dar liga, inicie movimentos espirais de dentro para fora para garantir uniformidade;
  • Com a mão aplique a massa por toda a parede.
Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes

Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes

O resultado é uma parede rústica, com cor natural, fibras vegetais, e ainda com o detalhe da linha dos tijolos. É importante ressaltar que o esterco não cheira absolutamente nada após misturado e aplicado.

Foto: Rafael Loschiavo | Ecoeficientes


Fonte: Ciclo Vivo 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Designer cria embalagens de xampu feitas com sabão

A busca por soluções “lixo zero” às vezes leva para um caminho complicado, quase impossível de segui-lo. Mas, ideias como a da designer Mi Zhou fazem clarão nesta estrada, revelando que tudo pode ser mais fácil e simples do que parece. Ela é responsável pela criação de embalagens de xampu totalmente livres de resíduos isso porque criativamente usa o próprio sabão para compor os invólucros.
Isso quer dizer que o usuário após o término do xampu, pode usar o próprio recipiente como sabonete. Atualmente, já existem opções de xampus sólidos desenvolvidos por marcas brasileiras – o que também elimina o uso de embalagens plásticas -, mas esta proposta é realmente nova.
A ideia do projeto “Soapack” é usar o sabão como embalagem também para outros produtos de higiene pessoal. O setor é bastante promissor, uma vez que representa grande impacto ambiental. E isso se dá pelos diversos usos de plástico, que vem sendo questionado com veemência, inclusive nas composições em forma de microesferas plásticas. 
Um aspecto interessante do xampu de sabão, criado pela designer, está na beleza. Partindo do princípio que as pessoas são mais propensas a guardarem frascos de perfume (ou ao menos, a não tratá-los como descartáveis), ela se inspirou neste tipo de embalagem para desenvolver suas criações. 
Mi Zhou, que é estudante de pós graduação na Central Saint Martins, em Londres, ressalta que além de ser muito barato produzir as embalagens de xampu convencionais, elas têm uma vida útil muito curta. Basta pensar: quanto tempo dura tal produto em sua casa? Um mês ou dois talvez? “Estima-se que uma única pessoa ao longo da vida use cerca de 800 frascos de xampu, a maioria dos quais são simplesmente jogados fora e poluem o ambiente levando milhares de anos para se degradar”, descreve a designer em seu site. 
Mas agora fica a questão: de que são feitos as tais embalagens? não teriam substâncias perigosas para se manter de forma sólida? A designer revela que o sabão é preparado à base de óleo vegetal e é tingido usando pigmentos de minerais, plantas e flores. Para evitar que a embalagem derreta a qualquer exposição à água, ela passou uma camada de cera de abelha. 
Fonte: Ciclo Vivo

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O que fazer para harmonizar os cômodos da casa?


Compor cada cômodo com cuidado é o primeiro passo para harmonizar a casa e obter um clima aconchegante. Algumas técnicas podem ajudar nesse processo, como é o caso do Feng Shui — prática milenar desenvolvida por mestres chineses e utilizada para incluir influências benéficas da natureza nas residências.
O conceito é útil para atualizar a decoração sem abrir mão da simplicidade. Quando aplicado aos ambientes, proporciona sensação de bem-estar e equilíbrio físico, mental e espiritual.
Que tal se basear nessa antiga tradição para transformar seu lar em um refúgio mais agradável? Acompanhe nossas dicas e saiba como atrair boas vibrações!

DESENTULHE E ORGANIZE A RESIDÊNCIA

As pessoas passam muito tempo em casa, seja trabalhando, descansando ou curtindo momentos de lazer. Por isso, é fundamental manter uma atmosfera saudável dentro de cada ambiente. O primeiro passo é higienizar grandes superfícies (pisos, paredes, forros) periodicamente para eliminar a sujeira.
organização dos pertences deve ser um complemento da limpeza, visto que itens espalhados impedem a circulação da energia. Para isso, siga uma rotina de cuidados com a casa, a fim de manter as coisas em seus devidos lugares e prevenir a bagunça.
De tempos em tempos, selecione artigos que não têm mais utilidade e faça doação. O importante é manter apenas o essencial, ou seja, aquilo que cumpre alguma função dentro da casa.

USE CORES ESPECÍFICAS EM CADA CÔMODO

De acordo com o Feng Shui, é fundamental combinar cores levando em conta as intenções de cada lugar. Nos quartos, onde o foco é o relaxamento, recomenda-se o uso de tons suaves que transmitam tranquilidade e proporcionem boas noites de sono — como azul e verde em tons claros.
Também é comum o uso de nuances relacionadas a valores específicos ou desejos dos moradores. Uma pessoa que queira atrair fortuna, por exemplo, deve apostar em opções como laranja, vermelho e prata. São vários sentimentos e sensações que podem ser explorados, como os exemplos a seguir:
  • inspiração: amarelo;
  • estabilidade: marrom;
  • saúde e vitalidade: verde;
  • felicidade: cor-de-rosa;
  • sabedoria: roxo;
  • paz: branco.

INVISTA EM ITENS DECORATIVOS SIMBÓLICOS

Assim como as cores, existem artigos específicos para harmonizar a casa e equilibrar energias. Um bom exemplo é o espelho, que indica sucesso e multiplica bons valores. Na sala de jantar, esse objeto reflete os alimentos e multiplica a prosperidade.
Entre os recursos empregados na técnica milenar estão as pedras. A mais famosa é a olho de tigre, utilizada para clarear a mente. Outros cristais também podem ser colocados na casa de acordo com a sensação que você deseja atrair: ametista para força, hematita para coragem, zircônia para autoestima etc.

PRÁTICAS SIMBÓLICAS

Algumas atitudes contribuem para manter os ambientes em harmonia e a prevenir más vibrações. Uma delas é sempre organizar os objetos em pares dentro do quarto do casal. Também é importante consertar peças, móveis e equipamentos o quanto antes. Se não for possível recuperar o item, você deve se desfazer dele.
Outro costume comum de quem pratica o Feng Shui é manter as portas livres de qualquer objeto (toalha, cordão, casaco). A parte de trás também deve ficar vazia para que boas oportunidades entrem na casa. Além disso, é importante deixar as portas dos banheiros sempre fechadas, visto que esses ambientes costumam ter energias ruins que podem se espalhar para outros cômodos.

VALORIZE DIFERENTES ELEMENTOS NATURAIS

Inspirado na natureza, o Feng Shui surge a partir da observação do exterior. Inclusive, o termo significa “vento e água”, ambos poderes fluidos capazes de transformar paisagens ao longo do tempo. Não é à toa que a técnica valoriza (e muito) os principais elementos encontrados na natureza.
Esses elementos podem ser levados para dentro de casa de diversas maneiras. Um sino dos ventos feito de madeira ou bambu utiliza o poder do ar para produzir sons que estimulam a criatividade e a autoconfiança. Já a água pode estar presente em fontes decorativas e outros recipientes.
O elemento fogo pode ser valorizado com velas, incensos e lanternas. A terra, por sua vez, fica interessante em vasos com folhagens, em floreiras de um jardim vertical ou em pequenos canteiros de varanda. Priorize espécies com folhas arredondadas, pois atraem prosperidade. Hortelã, manjericão e orégano são opções que trazem boas vibrações e, além disso, são ótimos temperos.
As plantas são muito recomendadas para filtrar as energias ruins dos ambientes. Lembra que falamos sobre a negatividade do banheiro? Pensando nisso, você também pode amenizá-la ao levar plantas naturais para dentro do espaço.

TRABALHE COM PRODUTOS AROMÁTICOS

Há sensação mais agradável que encontrar a casa sempre limpa e cheirosa? Para isso, você pode usar vários produtos com fragrâncias que perfumam e eliminam maus odores (fritura, mofo, cigarro etc.). Mais uma vez, lembre-se de adequar o aroma às necessidades de cada cômodo:
  • salas exigem frescor: lima, tangerina, gerânio (flores, em geral);
  • quartos ficam mais agradáveis com aromas calmantes: sândalo, cedro, lavanda;
  • cozinha pede cheiros que lembram alimentos e especiarias: hortelã, manjericão, alecrim;
  • banheiros precisam de odores que purificam o ar: eucalipto, pinho, pitanga.
Há várias maneiras de espalhar os perfumes escolhidos dentro de casa. Você pode acender velas aromáticas, queimar incensos, distribuir pastilhas com fragrância dentro de gavetas, colocar sachês de ervas secas sobre os móveis, preencher potes de vidro com cascas de árvores ou pétalas de flores etc.

PLANEJE A DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS

Todos os cômodos precisam de áreas de passagem confortáveis para que as pessoas transitem sem dificuldades e para que a energia flua. Sendo assim, evite bloquear janelas, portas, corredores e pontos de acesso com estantes, sofás, armários e eletrodomésticos.
Não hesite em trocar os móveis de lugar se achar necessário. O objetivo é otimizar o layout com uma disposição estratégicas para permitir a livre circulação. Se mesmo após a mudança você não gostar do resultado, o problema pode estar no design das peças (braços volumosos, ornamentos exagerados etc.).
Nesse caso, a saída é substituir modelos antigos por móveis funcionais. Os planejados são ótimas opções porque ocupam o espaço disponível de maneira inteligente. Ao mesmo tempo, permitem que você tenha modelos modernos e adaptados às necessidades da residência.
E então, curtiu saber mais sobre as técnicas do Feng Shui e seu potencial para manter tudo em equilíbrio? Se a resposta for positiva, não perca tempo e comece a aplicar nossas dicas para harmonizar a casa e torná-la mais convidativa.
Se você tem interesse em assuntos relacionados, que tal acessar o nosso artigo que mostra como otimizar espaço e aproveitar os ambientes ao máximo? Boa leitura!

Fonte: Finger