sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Horta inteligente é ideal para quem tem pouco espaço e tempo


As hortas urbanas são cada vez mais comuns em todo o mundo. Diante disso, um grupo de empresários desenvolveu um sistema de plantio inteligente que facilita o cultivo nas grandes cidades, onde as pessoas têm pouco espaço e pouco tempo.
Apelidado de GrowBed, o sistema foi desenvolvido pela Noocity, empresa criada pelos portugueses José Ruivo e Samuel Rodrigues, em parceria com o brasileiro Pedro Monteiro. O equipamento é simples, mas a lógica por trás dele é altamente eficaz.

Foto: Divulgação
A estrutura modular tem como principal diferencial o sistema de sub irrigação (SIP). De acordo com a empresa, este é o método mais eficaz para o cultivo de alimentos em solo e especialmente indicado para a agricultura urbana. A GrowBed foi desenvolvida para fornecer ventilação e água diretamente para as raízes das plantas, reduzindo o estresse hídrico e aumentando a produtividade.


Foto: Divulgação
Para alcançar este objetivo, o sistema conta com um reservatório de água, de aproximadamente seis centímetros, localizado no fundo da cama de cultivo. Alternado com ele estão as zonas de capilaridade, compartimentos preenchidos com argila expandida para possibilitar a passagem da água para a zona de cultivo. O segundo nível é composto pelas caixas de ar. Elas possuem um centímetro de altura e se estendem por toda a área da cama de cultivo, garantindo oxigenação constante para as raízes.


Foto: Divulgação
A maior facilidade desta estrutura é o controle sobre a quantidade de água usada no cultivo. Por contar com um reservatório, é possível garantir a qualidade do plantio mesmo que a rega leve três semanas para ser refeita. Ideal para pessoas que viajam e precisam manter a qualidade de suas plantinhas. Mesmo assim, o melhor é que elas sejam cuidadas em intervalos de três a cindo dias.
O GrowBed possui diversos tamanhos, o que o torna ideal para espaços pequenos e até mesmo para ser instalado dentro de apartamentos.
A empresa criou uma campanha no site financiamento coletivo Indiegogo, onde as pessoas podem fazer a reserva da GrowBed com preços promocionais. Se atingirem a meta de venda, a Noocity lançará o produto no mercado.
Fonte: CicloVivo

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Família usa piscina para produzir todos os alimentos que consome


O Garden Pool é um sistema de cultivo dentro de piscina. A ideia surgiu por acaso, quando o casal Danielle e Dennis McClung comprou uma casa em Mesa, no Arizona – EUA, e a piscina da residência estava abandonada. Ao invés de gastar dinheiro com a reforma, eles decidiram transformam o buraco em uma espécie de horta.


Desde 2009 a família tem investido no projeto. Após muitas pesquisas e trabalho árduo, a ideia deu tão certo que já é replicada em outros estados e até países, através de um manual criado pelos McClung. O mais interessante é que a produção está instalada em uma área desértica do país, que recebe pouco mais de nove centímetros de chuva ao ano.

O espaço, que antes era ocupado pela piscina, ganhou uma cobertura e, externamente, se assemelha a uma estufa. Internamente, ela é muito mais do que isso. O buraco se tornou um verdadeiro ecossistema de circuito fechado, onde é possível produzir praticamente todos os itens necessários para abastecer uma família de cinco pessoas.


O Garden Pool produz desde brócolis até peixes. Foi necessário um ano desde o início do plantio para que o sistema fornecesse o suficiente para reduzir em três quartos os gastos da família norte-americana. Em cinco anos a ideia já havia se espalhado e o conceito fez surgir uma organização sem fins lucrativos para alcançar ainda mais pessoas.

No vídeo de apresentação do projeto, Denis McClung explicou como a Garden Pool funciona. No lugar do solo, as plantas crescem em camas de argila ou pó de coco. Assim, o excesso da umidade pinga no pequeno laco abaixo, onde estão as tilápias. Este modelo faz com que a quantidade de água necessária para o abastecimento seja muito pequena e, ainda assim, o jardim conta com captação da água da chuva.


O sistema fornece frutas, verduras, legumes, peixe, frango, leite de cabra entre outras coisas. Aliás, são as galinhas as responsáveis por fertilizar o cultivo. As fezes caem através de uma malha de arame e ficam armazenadas na piscina, nutrindo as algas, que servem de alimento para as tilápias. O excremento dos peixes é rico em nitrogênio e essa água é canalizada para abastecer o sistema de hidroponia.


McClung explica que a ideia inicial era apenas encontrar uma maneira de proporcionar hábitos mais saudáveis para a sua família. No entanto, o resultado foi muito além. A Garden Pool é a prova de que é possível produzir de maneira eficiente em espaços pequenos, de maneira que quase todos os itens necessários para a sobrevivência estejam sempre ao alcance de seu quintal. 

Veja abaixo o vídeo de apresentação do Garden Pool:
Fonte:  CicloVivo

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Materiais Cancerígenos e Venenosos

São aqueles que podem causar sérias enfermidades aos usuários de determinado espaço construído, tanto em seus processos de extração, fabricação, uso e pós uso. E ainda podem poluir o ar, a água e o solo (no caso do eucalipto autoclavado).

AMIANTO

O caso mais conhecido, atualmente, é do amianto, mineral cancerígeno utilizado na fabricação de alguns tipos de telhas e caixas d’água de fibrocimento, e que pode causar sérias doenças no sistema nervoso, no aparelho digestivo e na faringe.

Não é somente os trabalhadores que manipulam o amianto que adquirem estas doenças. Atinge indiscriminadamente quem lava as roupas dos trabalhadores, quem é abraçado por eles, aqueles que moram próximos a estas fábricas e o consumidor que adquire produtos à base deste material.

As doenças, quando contraídas, não têm cura porque o amianto não pode ser destruído por nenhum agente (calor, microrganismos e bactérias, ácidos, etc). Quando penetra no corpo humano pela respiração ou ingestão, não é eliminado pelos nossos anticorpos. A única forma de prevenir o aparecimento das doenças é não ter nenhum contato com o amianto.

Infelizmente não existe legislação federal proibindo o amianto no Brasil. A boa notícia vem do estado do Rio Grande do Sul, onde em 2001, foi instituída uma lei estadual que proíbe a fabricação, o uso e a comercialização do amianto.

É bom frisar que já faz algum tempo que determinadas telhas e caixas d’água, fabricadas de fibrocimento, não usam mais o amianto em seu processo de produção. Algumas empresas já procedem desta forma, em nome da saúde do usuário e da vida. Quanto às outras empresas, que ainda fabricam telhas e caixas d’água de amianto, estas devem ser banidas da lista do consumidor!

Amianto Desgastado

PVC

O PVC (policloreto de vinila, usado em conexões hidráulicas e algumas esquadrias), por exemplo, é feito de chumbo (metal pesado, que se ingerido pelo corpo humano pode causar danos aos rins, sistema nervoso, entre outros), portanto não é um material recomendado. E ainda há um agravante: se pegar fogo, gera ácido clorídrico e dioxinas, substâncias altamente prejudiciais ao organismo humano, sendo esta segunda substância comprovadamente cancerígena.

Neste caso, do PVC, seu processo de fabricação o condena a não ser usado em uma construção cujos ocupantes conheçam seus perigos.


Tubo hidráulico de PVC 
Esquadrias de PVC

METÁLICOS

Todo material de natureza metálica (ferro, aço ou outro) deve ser evitado na estrutura de uma edificação, em lugares onde as pessoas permanecem por mais tempo (moradia ou local de trabalho), podendo ser utilizado em espaços de curta permanência (principalmente em ambientes de uso coletivo tipo restaurantes, clubes, estações de transportes coletivo e outros). Essa recomendação existe pois materiais metálicos possuem alta capacidade de absorção de ondas magnéticas e eletromagnéticas, deixando o ambiente que estão inseridos carregados ionicamente. Pior fica, então, se a estrutura metálica não estiver aterrada adequadamente no solo, e se no entorno da edificação, houver a presença de torres de rádio, TV ou celulares, que são fontes emissoras de ondas magnéticas.

Considerando estes dados concretos, materiais metálicos podem provocar desconfortos no organismo humano como dores de cabeça, alteração da pressão, podendo até, dependendo da intensidade e frequência que a pessoa é exposta a eles, causar algum tipo de câncer num determinado prazo.

Galpão com telha metálica

MATERIAIS RADIOATIVOS

São aqueles que contêm altos índices de radioatividade, podendo causar câncer nos usuários de uma edificação. Até mesmo alguns materiais naturais de construção, como a terra, dependendo do local onde forem extraídos, podem apresentar algum nível de radioatividade.

Granitos, mármores e calcáreos podem ser radioativos. Só é possível saber se um granito é radioativo por medição, mas há casos em que uma pessoa sente dor na cabeça, ou nos olhos, ao se aproximar de um granito radioativo. Cerâmicas petrificadas (com esmalte) também são radioativas.

Mármores e calcáreos são pouco radioativos por causa de sua natureza. São originários da decomposição de vegetais e animais, portanto são compostos por camadas desses sedimentos.

Há argilas radioativas. Os tijolos de terra com argila possuem mais radioatividade se cozidos a mais de 1000° C, e menos radioatividade se cozidos por volta de 800° C.


Pia de Granito
  
Piso de Granito

COVs

Um outro tipo de substância cancerígena, presentes em alguns materiais construtivos e de revestimentos, são os COVs. De acordo com o IDHEA (Instituto de Desenvolvimento da Habitação Ecológica – sediado em São Paulo-SP), COVs são:

“Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) são substâncias derivadas do petróleo (hidrocarbonetos aromáticos), oxidam na presença do ar e reagem com o calor. São agressivos à saúde dos seres vivos e a camada de ozônio. Encontram-se em solventes industriais, tintas (a maioria dos tipos), espumas em geral, colas de contato (de sapateiro) e também em esmaltes para unhas. Tíner, aguarraz, e produtos similares contêm COVs, que em ambientes fechados demoram de 6 meses a 1 ano para serem completamente eliminados (soltos no ar). São exemplos de COVs: formaldeído, xilol, benzeno, toluol, organoclorados, PCB (bifenil policlorado), carcinogênico, PVC e fenóis."

De acordo com um estudo sobre COVs, realizado em Campinas-SP pela Faculdade de Engenharia Química da UNICAMP, eles contêm agentes cancerígenos. Segue trecho do estudo publicado por esta faculdade.

“Alguns COVs são prejudiciais à saúde humana direta e indiretamente. Dentre os problemas causados diretamente, destacam-se os efeitos tóxicos, como irritação da mucosa e problemas hematológicos, hepáticos, renais e neurológicos (fonte livro “Volatile Organic Compounds in Indoor Air” – D.R.Crump – Royal Society of Chemistry 1995). Nos compostos analisados, destaca-se o reconhecido potencial cancerígeno do benzeno em humanos.”

EUCALIPTOS AUTOCLAVADOS

São venenosos pois foram tratados com cromo, cobre e arsênio (metais pesados). Em contato direto com o solo (fundação) envenenam lençóis freáticos e contaminam a terra. O eucalipto é retirado, em média, com apenas 7 anos de plantio, quando o correto seria 25 anos (com resistência natural). Sendo assim, com 7 anos o tronco sofre este envenenamento visando ganhar impermeabilização e resistência de modo artificial.

Se queimado, o eucalipto autoclavado libera gases altamente tóxicos no ar.

A melhor alternativa (mais rápida) para substituir o eucalipto nas construções é o bambu (os do tipo "Guadua", de preferência), material certificado pela ABNT, que com menos de 5 anos já pode ser colhido e utilizado em estruturas.

Base - Eucalipto Autoclavado

Resumindo, é bom não usar os seguintes materiais, pois podem causar sérias doenças e poluir o ambiente:
Amianto (não usar em hipótese alguma);
PVC (possui chumbo e COVs);
Metálicos (usá-los somente em espaços de curta permanência);
Materiais com algum nível de radioatividade;
Materiais com COVs;
Eucaliptos autoclavados.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Vai pintar a casa? O que você deve saber sobre as substâncias tóxicas das tintas

A tinta imobiliária representa 80% do volume total de tintas produzidas no Brasil, que é um dos cinco maiores mercados mundiais do produto, segundo a Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas). É uma pequena parte disso que está nos galões que você compra pra pintar a casa nova ou reformar o apartamento.
Mesmo capaz de trazer uma sensação boa de “lugar novo”, as tintas escondem substâncias nocivas à saúde, como os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). Na teoria, os COVs são compostos orgânicos que contêm pelo menos um átomo de carbono e um de hidrogênio na sua estrutura molecular e que têm baixo ponto de ebulição, por isso, voláteis. Existem em várias formas estruturais, incluindo álcoois, cetonas, ésteres e aldeídos*. Na prática, é importante saber que são tóxicos e fazem mal à saúde.
A exposição prolongada aos COVs pode resultar em efeitos crônicos e agudos, como depressão do sistema nervoso central, cefaleia, fadiga, confusão, irritação dos olhos, trato respiratório, pulmões e pele, dor de cabeça, danos ao fígado e rins e até mesmo câncer. E não estão só nas tintas. Também são encontrados em materiais de construção, adesivos, artigos para limpeza, fumaça de cigarro, combustíveis…
Benzeno, tolueno e xilenos são COVs com grande potencial tóxico. O benzeno, por exemplo, é colocado na gasolina para melhorar a sua qualidade e também aparece na fumaça do cigarro.
LeisEm 2008, entrou em vigor a Lei 11.762 que fixa o limite máximo de chumbo, um metal pesado, em 0,06% na fabricação de tintas imobiliárias, de uso infantil e escolar e vernizes.
Já os Compostos Orgânicos Voláteis são autorregulados pela própria indústria por meio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas. A referência utilizada é o nível máximo previsto na legislação da União Europeia.
A Abrafati também implementou o “Coatings Care”, programa que estabelece algumas diretrizes para que os fabricantes de tintas melhorem processos e ofereçam produtos com mais qualidade para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. A lista das fabricantes associadas você encontra aqui.
Na hora de escolher
Uma reportagem da revista Página 22 publicada em 2011 dá um breve panorama sobre duas empresas líderes de mercado, a alemã Basf e a holandesa AkzoNobel, que respondem pelas marcas Suvinil e Coral, respectivamente.
No site da Suvinil, a descrição da composição acompanha a apresentação dos produtos e é possível encontrar informações como “não contém benzeno e metais pesados”. O site da Coral oferece fichas técnicas mais completas de suas tintas, mas com algumas informações genéricas na descrição da composição dos produtos, como “outros aditivos”, sem especificações.
As fichas trazem também a quantidade de COVs presente em cada tipo de tinta. Por exemplo: a tinta Coralar Látex tem 1,77 g/L de Compostos Orgânicos Voláteis, ao passo que a Coralar Tinta Acrílica apresenta 7,14g/L. Ambas são diluídas em água. Já a tinta óleo Coralsol Brilhante salta para 437,09 g/L e usa solventes.
Uma dica para escolher melhor as tintas é comprar aquelas que são a base de água, não de solventes. Antes de ir à loja, entre nos sites e busque informações fornecidas pelo próprio fabricante. E para evitar desperdícios desnecessários, calcule o que será usado e evite comprar muito mais do que o previsto.
*Artigo “Poluição de Ambientes Internos”, publicado na revista da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologias (2011).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

SUBSTÂNCIAS USADAS NO DIA A DIA CAUSAM DANOS CEREBRAIS A BEBÊS

Em seu estágio inicial de desenvolvimento, o cérebro do feto é particularmente vulnerável a produtos químicos. A exposição de grávidas a determinados agentes tem sido associada a quocientes de inteligência (QI) mais baixos e a transtornos psíquicos em crianças. É difícil precisar quanto essas substâncias interferem no sistema nervoso em formação, pois isso depende de vários fatores, como predisposição genética e quantidade de exposição.

Pesquisas recentes, porém, têm conseguido predizer os efeitos negativos de alguns componentes, entre eles os éteres difenil-polibromados (PBDEs), usados nas últimas duas décadas como retardadores de chamas em objetos como tecidos de cortinas, colchões, carpetes, móveis e eletrônicos. São substâncias que têm um “talento”pouco comum para permanecer no ambiente. Tanto que a Agência de Proteção Ambiental americana os classifica como poluentes orgânicos persistentes (Pops). Os PBDEs acumulam-se no corpo, principalmente em estruturas ricas em tecidos gordurosos, como o cérebro. Alguns estudos revelam ações dos PBDEs e seus metabólitos (produto de seu metabolismo pelo organismo): interferem, por exemplo, na regulação dos hormônios da tireoide, crítico para o desenvolvimento do cérebro no útero e nos primeiros meses de vida do bebê.

Um trabalho publicado em 2013 na Toxicological Sciences mostra que o PBDE-47 prejudica o crescimento de novos neurônios em adultos – processo importante para aprendizado e memória. Os efeitos sobre o cérebro em desenvolvimento, no entanto, são ainda mais sensíveis. A pesquisadora de saúde ambiental Julie Herbstman, da Universidade Colúmbia, descobriu que crianças de mães com alta concentração de PBDEs no sangue do cordão umbilical pontuaram menos em testes de desenvolvimento mental na primeira infância.

Há também evidências de relações dessas substâncias com sintomas de autismo. A microbióloga Janine LaSalle, do Instituto de Investigação Médica de Transtornos do Desenvolvimento da Universidade da Califórnia, estuda como os PBDEs e outros poluentes orgânicos influenciam o desenvolvimento fetal em termos moleculares. Ao pesquisar tecidos cerebrais de adultos diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA), ela descobriu uma quantidade anormal desses componentes. Eles se concentravam mais nas amostras provenientes de pessoas com tipos de autismo relacionados à participação significativa de fatores genéticos.

Janine testou também os efeitos dos PBDEs em ratos com a mutação genética associada à síndrome de Rett, cujos sintomas são muito semelhantes aos do autismo - como problemas no desenvolvimento da linguagem verbal, movimentos repetitivos e compulsivos e deformidades físicas como mãos e cabeça pequenas, e bem mais comuns em meninas. Ratos que receberam doses diárias de PBDEs, equivalentes à exposição humana média, tiveram fêmeas com déficit de habilidades sociais e comportamentais semelhantes aos sintomas de Rett. Segundo a microbióloga, isso ocorre por causa de uma metilação (modificação química) do DNA. Distribuídos sobre cada fita de DNA em nossas células, grupos metila influenciam a expressão de nossos genes – por exemplo, ligando genes que constroem neurônios no cérebro. Janine observou que o tecido cerebral de pessoas com autismo é significativamente submetilado – bem como o de filhotes de ratas expostas a PBDEs.

Mas, de acordo com a pesquisadora, essas substâncias não interferem na metilação do DNA em qualquer circunstância. Ela usa a metáfora de um recipiente se enchendo de água (ver imagem abaixo) para explicar que é preciso haver uma soma de fatores de risco para que o desenvolvimento cerebral seja afetado. Por exemplo, a exposição a PBDEs pode ser considerada um fator de risco para Rett apenas se uma gestante carrega a mutação genética associada à síndrome. Rett e diversos tipos de autismo surgem, na visão atual da ciência, de uma interação complexa entre fatores endógenos e ambientais. PBDEs são, assim, uma influência ambiental a mais que contribui, usando a metáfora anterior, para fazer a tina transbordar.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sistema simples reaproveita até 95% da água do chuveiro


O designer Alberto Vasquez desenvolveu um sistema simples e eficiente para o reaproveitamento da água residual dos chuveiros. O equipamento, apelidado de Gris, possui baixa tecnologia e deve ser comercializado a custos bem acessíveis.

A invenção foi inspirada na relação entre comunidades colombianas e a água. Por ser filho de pai húngaro e mãe colombiana, o inventor passou anos de sua infância em aldeias sul-americanas. Essa experiência permitiu que ele enxergasse a importância de cuidar da água e valorizar cada gota deste recurso.

O Gris é um equipamento muito prático. Composto com quatro compartimentos interligados, ela é capaz de armazenar a água residual dos banhos. Ele deve ser usado como um pequeno tablado, disposto sob os pés das pessoas enquanto tomam banho. Assim, a parte central é inclinada para baixo e os compartimentos vão enchendo sucessivamente.

Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação

Após o banho, o usuário pode carregar os reservatórios separadamente e dar à água cinza o uso que melhor lhe servir. Este tipo de recurso residual é ideal para usar na limpeza e até para a rega de jardins. (Aqui faço minha ressalva ao artigo, utilizar essa água para regar jardins é o fim, pois vai sufocar as plantinhas com um monte de resíduo sujo, e elas são seres vivos. Utilizar água de chuva para regar as plantinhas. Respeitem as mesmas)

Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação

De acordo com Vasquez, enquanto o uso de bacias e baldes reaproveita apenas 30% da água, o Gris é capaz de coletar até 95% dela. O projeto já saiu do papel. O protótipo do equipamento já foi criado e agora o designer espera produzi-lo em larga escala.

Imagem: Divulgação

Em entrevista ao site Fast Co. Exist, ele explicou que o valor do equipamento no mercado deve variar de US$ 20 a US$ 40. A intenção é baratear os custos ao máximo para que o Gris esteja acessível a qualquer pessoa, principalmente em países que sofrem com a escassez de água. 

Fonte: CicloVivo

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sabonetes e cosméticos limpam e embelezam, mas são um desafio para a saúde.

Artigo escrito pelo:
Consultas na Clínica Alexandre Feldman
Dr. Alexandre Feldman (CRM-SP 59046), clínico-geral, fundador e diretor médico responsável. Gestão de hábitos e estilo de vida aliada aos tratamentos menos agressivos possíveis! 



Sabonetes são parte integrante de uma grande lista de produtos que utilizamos no dia-a-dia e que podem contribuir, e muito, para uma série de doenças. Não apenas as óbvias alergias, mas uma série de desequilíbrios químicos e hormonais podem ser causados por substâncias quimicas insuspeitas que entram na fabricação dos cosméticos e produtos de limpeza que utilizamos. Quem sofre de enxaqueca, muitas vezes, pode ter crises desencadeadas por cheiros. Os perfumes dos sabonetes podem ter aroma agradável, mas são pura “química”, completamente artificiais, um convite para o mal-estar.

Sabonetes podem fazer mal

Além de aromas artificiais, os sabonetes contêm uma série de corantes capazes de provocar reações como alergias e danos à pele. Uma vez absorvidas pela pele, essas substâncias químicas interagem com todo o organismo, onerando nossa saúde e energia. 

Se você já leu o rótulo de um sabonete comum, certamente se assustou com o número de produtos químicos presentes: bactericidas, emulsificantes, estabilizantes e tantos mais.

O pior é que nós pagamos bem caro por algumas marcas, importadas até, em lojas de grife – mas apesar do preço, o número de aditivos químicos é ainda maior! É como se estivessemos pagando para nos expor a esse lixo!

Quando os sabonetes vêm misturados a cremes hidratantes na sua composição, adiciona-se a tudo isso uma série de outros ingredientes químicos e óleos oxidados, que só fazem mal a longo prazo.

Com os shampoos é a mesma coisa.

Na verdade, o sabonete precisa de gordura, hidróxido de sódio e água. Misturando esses ingredientes em proporções adequadas e condições específicas de temperatura, ocorre um processo chamado saponificação da gordura. E está pronto o sabão (ou sabonete, se desejar).

Se a gordura for estável, como é o caso da gordura de coco, não sofrerá oxidação nesse processo. Outros óleos vegetais podem se oxidar, tornando-se prejudiciais à saúde. A gordura animal é bem mais estável que o óleo vegetal, portanto mais apropriada para um melhor sabão. Hoje em dia, a maioria dos sabões são de óleos vegetais, portanto neste caso certifique-se que seja de coco.

Conclusão: o melhor sabonete que existe, amplamente disponível é o puro sabão de coco. Sim, ele mesmo! Aquele que você pode encontrar bem baratinho no supermercado.

Mas por favor, leia os rótulos com muita atenção! A maioria dos sabões de coco também contém aditivos químicos. Procure aquele em cujo rótulo esteja escrito apenas: “Água, gordura de coco e hidróxido de sódio (ou potássio)”.

Dr. Alexandre utiliza em seus banhos, assim como para lavar as mãos, o sabão de coco. Como também como shampoo. Os resultados são excelentes! A pele fica macia, e os cabelos, brilhantes. É claro, afinal não possui aditivos químicos prejudiciais. Além disso, você economizará muito dinheiro.

Por isso, sua dica é: não tenha preconceito com o bom e velho (e puro!) sabão de coco. Ele ainda é – e sempre será – o melhor. Procure-o nas prateleiras de baixo, pois é lá que ficam os produtos mais baratos, que dão menos lucro ao supermercado. Experimente e deixe seus comentários!

Fonte: Enxaqueca

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Alguns produtos de limpeza podem fazer mal à saúde; conheça alternativas

Se utilizados de forma errada ou misturados sem critérios, esses produtos podem fazer mal à saúde

Morar numa casa limpa não só é saudável, mas extremamente prazeroso. No entanto, o uso indiscriminado de alguns produtos químicos de limpeza pode afetar a saúde dos moradores. "Os produtos mais perigosos são os que matam fungos e bactérias. Para serem eficientes, eles contêm substâncias químicas que, se não forem manipuladas da forma correta, podem representar riscos para quem os utiliza", alerta o médico Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo. 
Detergentes para máquina de lavar louça e amaciantes de roupa são alguns dos itens que inspiram cuidados. "Eles contêm amoníaco, substância que libera o gás de amônia quando aquecida. O amaciante pode até causar irritações nos olhos e na pele e desencadear problemas no sistema respiratório", explica Rodrigo Cella, químico e professor da FEI.

A água sanitária, que contém hipoclorito de sódio, é outra vilã. Mesmo em baixa concentração, ela libera o gás cloro, capaz de provocar irritação das vias aéreas, lacrimejamento e dores de cabeça, e de piorar um quadro asmático já existente. "Em locais fechados e com pouca ventilação, a inalação deste produto pode provocar intoxicação. Durante o uso, é fundamental ter ar circulando, mesmo que ele venha de um ventilador", recomenda o médico Marcelo Vinicius Pereira Veloso, do Serviço de Toxicologia de Minas Gerais. 

Por conterem uma mistura altamente corrosiva de soda cáustica e nitrato de potássio, os desentupidores de ralo também entram na lista dos produtos perigosos, assim como solventes como o querosene. "Além de serem inflamáveis, eles também podem causar irritações na pele e nos olhos", aponta Wong. Até com os desodorizantes de ambiente é preciso cuidado. Grande parte deles apresenta em sua composição paradiclorobenzeno que, além de irritar pele e mucosas, pode provocar alergias respiratórias e também está associado a danos no fígado e no sistema nervoso. 

Misturas perigosas

Outro grande risco na limpeza doméstica é misturar produtos diversos. Por não conhecer os ingredientes de cada um, corre-se o risco de criar compostos extremamente nocivos. 

Um exemplo claro é a mistura de água sanitária com amaciante, bastante comum na lavagem das roupas. "Juntos, os componentes destes dois produtos liberam cloroaminas, gases facilmente aspirados e absorvidos pelo corpo", destaca Cella. As consequências vão desde irritação na pele e nos olhos até sangramentos e danos severos no fígado e nos rins. 

Combinações literalmente explosivas também podem surgir a partir do uso de vários produtos juntos. É o caso do nitrato de potássio, presente em desentupidores de pia, com o amoníaco, componente dos detergentes. 

Produtos de manutenção

Nas reformas, o cuidado deve ser redobrado com tintas e vernizes. "Estes itens são compostos de hidrocarboneto, um derivado de petróleo que, quando inalado, agride as vias aéreas, prejudicando a respiração, e pode resultar em dores de cabeças fortes", descreve Veloso. 

Para evitar estes problemas, é preciso ter ar circulando pelo cômodo durante a aplicação e isolar a área por pelo menos 24 horas depois disso. 

Basta saber usar
Para passar longe das complicações, a regra é uma só: ler os rótulos dos produtos e obedecê-los. Seguindo à risca as instruções do fabricante nos beneficiamos da eficiência dos produtos mais modernos, sem correr risco de danos à saúde ou ter de excluí-los da despensa.

A ressalva fica para os produtos feitos de maneira caseira e vendidos sem rótulo. "A economia, neste caso, não compensa. A maioria dos compostos utilizados nessas fórmulas é de péssima qualidade e eles acabam não promovendo uma limpeza adequada. Sem contar o risco que se corre por não saber o que há naquela mistura e o danos que pode causar à saúde", afirma Wong. 

Alternativas naturais
Também é possível contar com elementos-curinga, ingredientes fáceis de se ter em casa, para substituir com eficiência os produtos químicos. O vinagre branco de álcool, por exemplo, é pra lá de versátil: desinfeta, desengordura, combate odores fortes e também amacia roupas. A personal organizer Ingrid Lisboa ensina a desinfetar vasos sanitários sem água sanitária. "Basta aplicar o vinagre por todo o vaso, já limpo com água e sabão, e deixar agir por dez minutos", recomenda. 

Uma mistura de água e vinagre em proporções iguais borrifada sobre estofados, carpetes ou pisos previamente limpos retira o cheiro de urina e fezes deixado por bichos de estimação. Essa mesma proporção pode até substituir amaciantes de roupas, quando colocada no respectivo compartimento da máquina de lavar. "Em geral, cem mililitros são suficientes para uma máquina com capacidade de seis quilos", sugere Ingrid. 


Por suas propriedades abrasivas, o bicarbonato de sódio é indicado para tirar manchas de pias, banheiras e vasos sanitários; basta aplicá-lo numa esponja com um pouco de água e esfregar. Quando misturado com vinagre branco de álcool em proporções iguais também funciona como desentupidor de pia. Para isso, jogue a mistura no ralo e enxague com um litro de água fervente depois de 20 minutos. 

Por fim, para manter os cômodos da casa sempre perfumados, coloque gotas de óleos essenciais puros em difusores elétricos ou réchauds a vela. Diferentes fragrâncias são vendidas em pequenos frascos e podem ser encontradas em casas de produtos naturais e de aromaterapia.
Fonte: UOL