sexta-feira, 29 de maio de 2015

Paisagista cria jardim sensorial com pallets para casa-contêiner


Com o objetivo de criar um espaço totalmente sensorial, com elementos que permitem vivenciar novas experiências por meio de cheiros e toques, a paisagista Fernanda Almeida criou o “Jardim das Sensações”. O ambiente complementa a área externa de uma casa-contêiner, ambos projetos estão presentes no evento de arquitetura Casa Cor, em São Paulo.

Foto: Fernanda Almeida
Trata-se de um jardim projetado sem a utilização de aparatos tecnológicos, o que transmite simplicidade e bem-estar. Para garantir a percepção por meio do olfato, a paisagista uniu plantas aromáticas como alecrim, manjericão e pimentas com lavandas e a utilização da Ipoméia Rubra. Além disso, diversas plantas complementam a naturalidade do local, entre elas estão Beaucarneas , Viburnum , Phormiuns.

Foto: Fernanda Almeida
O Jardim das Sensações ainda conta com diversos materiais de reuso, como pallets, cascas de pinus e caixas de laranja, onde serão plantados diversos temperos. “Optamos por criar um conceito simplista e minimalista, onde as pessoas poderão contemplar a experiência sensorial, por meio da união de aromas e a presença de elementos que recriam o quintal de nossas casas”, ressalta a paisagista Fernanda.

Foto: Fernanda Almeida

Foto: Fernanda Almeida
Atividades para crianças
Durante o evento da Casa Cor, que acontece no Jockey Club, o jardim contará com oficinas e atividades lúdicas para crianças de três a sete anos, que poderão manusear a terra, plantar, ver as flores e entender a importância da sustentabilidade e a preservação ambiental. “A ideia é oferecer um trabalho enriquecedor para as crianças, para que elas possam desabrochar o interesse pela natureza”, afirma Fernanda. As oficinas ocorrerão aos sábados e domingos.
Fonte: Ciclo Vivo

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Meio ambiente: Casca de banana pode despoluir a água

Esnobada por indústrias, restaurantes e até donas de casa, a casca de banana pode em breve dar a volta por cima. Descobriu-se que, a partir de um pó feito com ela, é possível descontaminar a água com metais pesados de um jeito eficaz e barato.

O projeto é de Milena Boniolo, doutoranda em química pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista), que teve a ideia ao assistir a uma reportagem sobre o desperdício de banana no
Brasil.

Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes, diz a pesquisadora.

Boniolo já trabalhava com estratégias de despoluição da água, mas eram métodos caros -como as nanopartículas magnéticas- o que inviabilizava o uso em pequenas indústrias.

Com as cascas de banana, não há esse problema. Como o produto tem pouquíssimo interesse comercial, já existem empresas dispostas a simplesmente doá-las.

MASSA CRÍTICA
Como o volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas, afirma.
O método de despoluição se aproveita de um dos princípios básicos da química: os opostos se atraem.
Na casca da banana, há grande quantidade de moléculas carregadas negativamente. Elas conseguem atrair os metais pesados, positivamente carregados.

Para que isso aconteça, no entanto, é preciso potencializar essas propriedades na banana. Isso é feito de forma bastante simples e quase sem gastos de energia.

Eu comecei fazendo em casa. É realmente muito fácil, diz Boniolo.

As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. Esse material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes.

O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada.

Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.

Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Ou seja: se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a níveis altos de
limpeza.

O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio.

Mas, segundo Boniolo, é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel-muito usados na indústria. Além de convites para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra, a química também ganhou o Prêmio Jovem Cientista.

Agora, segundo ela, é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial.


Fonte II Paisagismo Digital  - Via: Terapia Floral On Line

sábado, 2 de maio de 2015

Australiano transforma espaço de 60 m² em fazenda urbana


A agricultura urbana é uma das soluções para garantir a segurança alimentar no mundo. Este é o pensamento do permacultor australiano Geoff Lawton. Como um dos grandes incentivadores do plantio em pequenos espaços, ele mostra que é possível produzir diversos tipos de alimentos em áreas muito pequenas. Para provar a eficiência deste conceito, o especialista mostrou o exemplo criado por um de seus alunos, que produz centenas de quilos de frutas, legumes e ervas medicinais em sua própria residência.
Angelo Eliade é um farmacêutico que vive na cidade de Melbourne, na Austrália. Estudante de permacultura, ele levou quatro anos para transformar um jardim comum em uma verdadeira fazenda urbana. Externamente a casa é exatamente igual às residências vizinhas, com um pequeno gramado à frente. No entanto, ao abrir o portão, o que se vê é um terreno altamente fértil espalhado por apenas 60 metros quadrados.
“Você pode transformar qualquer propriedade, de qualquer situação para a absoluta abundância”, explica Lawton. A casa em Melbourne comprova isso. No quintal de Eliade são produzidos anualmente 70 quilos de vegetais e 161 quilos de frutas. Entre as opções estão: limões, maçãs, figos, cereja, pêssego, uva, banana, feijão, pepino, batata, alface, cenoura, alho, cana-de-açúcar, entre outras coisas.
 
O farmacêutico explica que não é necessário ter um conhecimento profundo do assunto ou ser um especialista para começar a plantar. No entanto, é preciso se interessar pelo tema para entender o funcionamento e a relação entre as espécies e o solo.
Uma das principais dicas do australiano consiste em manter sempre a variedade na produção. Mesmo plantando em um espaço pequeno, é possível ter muitas espécies diferentes crescendo juntas. Atentando às características de cada uma delas, é possível planejar onde serão plantadas para que uma ajude a outra a se desenvolver melhor.
Eliade ainda lembra que nada do plantio deve ser descartado. Os resíduos do cultivo são excelentes para serem aproveitados como adubo orgânico, oferecendo mais nutrientes para manter o solo sempre saudável. Segundo ele, a principal diferença entre ter um jardim comum e um sistema deste tipo é que a natureza passa a controlar o ambiente sozinha, o que traz inúmeros benefícios à biodiversidade local. Outra prática do permacultor é utilizar a água da chuva captada em seu telhado para irrigar seu jardim.
O projeto do australiano começou há quatro anos, com a ajuda de Geoff Lawton, desde então, Eliade percebeu algumas mudanças importantes em sua vida, principalmente relacionadas à sua própria saúde. Ele diz que passou a ter hábitos e um estilo de vida muito mais saudáveis, além de saber exatamente o que está comendo e ter a certeza de que os alimentos não estão contaminados com agrotóxicos e pesticidas.
“As pessoas não têm noção do que é possível fazer em espaços pequenos. Isso pode acontecer em qualquer lugar, basta entender o potencial e o funcionamento”, explicou Lawton.
O permacultor disponibiliza gratuitamente em seu site vídeos educativos que ensinam os conceitos de permacultura e direcionam as pessoas interessadas em iniciarem seus próprios plantios. Clique aqui para acessar a página e ter mais informações. Por Thaís Teisen 
Fonte: CicloVivo