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Sílica: pesquisas alertam sobre o perigo da exposição ao pó residual do mármore e do granito.

Segundo estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) há atualmente, no Brasil, cerca de seis milhões de trabalhadores expostos às poeiras contendo sílica, isto é, pó residual de pedras como mármore e granito. Cerca de quatro milhões de profissionais que atuam na construção civil, correm o risco de adquirir a silicose, tipo de doença pulmonar causada pela inalação do pó.
Considerada doença profissional e até definida como acidente de trabalho, a silicose atinge diretamente trabalhadores de marmorarias rústicas, por estarem expostos diariamente ao pó produzido durante a lapidação de placas de granitos e outros minerais.
Segundo o médico pneumologista, Dr. Valter Gurtovenco, a inalação freqüente da sílica pode causar também uma outra doença, a fibrose. "Trata-se de uma pneumoconiose que endurece os pulmões e pode ser fatal. Além da fibrose, males como a pneumonia química, a bronquite e a rinite podem ocorrer com a inalação de sílica", alerta o especialista.
Órgãos como o Ministério do Trabalho e o Ministério Público de São Paulo têm realizado campanhas educativas de conscientização, junto às empresas como marmorarias, com o objetivo de alertar os profissionais sobre a importância da eliminação do excesso desta substância no ambiente de trabalho.
Para o Dr. Gurtovenco, as empresas do setor devem adotar toda a proteção necessária, como as máscaras, filtros, protetores faciais e respiratórios, além de tecnologia suficiente para evitar maiores transtornos. "O contato direto com a sílica pode provocar problemas respiratórios irreversíveis", diz o especialista.
A opção das empresas para combater este mal é a utilização de equipamentos pneumáticos à base de água. Em conseqüência disso, marmorarias estão investindo cada vez mais na aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos no sentido de proteger seus funcionários de possíveis doenças relacionadas ao contato com a sílica.
"O setor de marmoraria deveria tratar este assunto com maior relevância. Todas as empresas deveriam passar por avaliações criteriosas no tocante à segurança e bem-estar dos profissionais. Infelizmente, isso não acontece. Muitos preferem recorrer às marmorarias de fundo de quintal por conta do preço colocando em risco à saúde dos trabalhadores. Além disso, a qualidade final dos produtos é precária" avalia B. Mioni, diretor da Tamboré Mármores, uma das maiores marmorarias do Brasil.
Segundo Mioni, funcionários do Ministério da Saúde já visitaram a empresa e se surpreenderam com as medidas tomadas pela empresa. "É obrigação do empresário oferecer condições de trabalho e qualidade aos clientes, além do cuidado com o meio ambiente para não poluir a atmosfera com a poeira", conclui.
Fonte:Divulgação
Publicado em: 18/06/2004
Via: Saúde em Movimento

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