quinta-feira, 19 de março de 2015

Saiba como abandonar o pesadelo das noites mal dormidas através de pequenas mudanças.

Ter uma boa noite de descanso é tudo de bom. Mas, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro do Sono, dormir é um verdadeiro pesadelo para mais de 50 milhões de brasileiros! Se você também sofre na hora do merecido repouso, saiba que algumas mudanças simples no seu quarto podem amenizar o problema.
Existe uma ciência que estuda ambientes e os relaciona com a nossa saúde. Esse tipo de estudo é chamado de Geobiologia. Através dela, é possível identificar alguns itens no quarto ou na casa que podem interferir na qualidade do sono. O geobiólogo Allan Lopes acredita que iluminação, desconforto e aparelhos eletrônicos são os grandes vilões das noites mal dormidas. “A presença de muita luz pode diminuir nossa capacidade de produção de melatonina, um hormônio fundamental para a regulação das glândulas do organismo, do sistema imunológico e dos ciclos internos do corpo, como dia e noite”, explica.
Se houver muita luz da rua entrando no quarto, o especialista indica o uso de uma persiana ou cortina do tipo blackout na janela, para deixar o local mais escuro. É importante também lembrar que o ambiente precisa ventilar. Isso porque nosso corpo libera toxinas durante a noite, o que torna essencial a circulação de ar no quarto durante o dia. Outro fator que poucos levam em consideração é a presença de aparelhos eletrônicos no quarto. Esses objetos causam poluição eletromagnética, o que pode alterar fases do sono e provocar insônia e inquietação. “Se não puder tirar os aparelhos do quarto, tem de retirá-los da tomada. Quando estão conectados, o campo elétrico dos aparelhos continua operando e atrapalhando nosso sono”, alerta o geobiólogo.
Dormindo com o inimigo
Prezar por conforto também é fundamental para dormir com qualidade. Para isso, analise o seu colchão e lembre-se de que ele precisa ser trocado a cada cinco anos, porque sua superfície vai se deformando ao longo do tempo. Na hora de adquirir outro, o especialista em Geobiologia indica os colchões feitos de materiais naturais, por se adaptarem mais facilmente à forma e ao peso do nosso corpo, sem alterarem sua estrutura com o tempo de uso.

Allan destaca que os demais colchões, como os de espuma, são fabricados com materiais que liberam substâncias tóxicas e podem causar alergias e problemas respiratórios. Ele aconselha também evitar os colchões de mola, pois atraem mais campos elétricos para a cama. Sobre os colchões terapêuticos, ele adverte que seu uso não deve ser constante em hipótese alguma, uma vez que são feitos com magnetos e ondas infravermelhas e após um tempo eles deixam de trazer o beneficio terapêutico, devido ao excesso de estímulo.

Em busca do sonho
Enquanto alguns sofrem para pegar no sono, outros dormem, dormem e… acordam cansados! É o caso da jornalista Carolina Duca, 25, que precisa dormir muito para se sentir com as energias renovadas. “Eu me sinto descansada mesmo apenas se repousar por 12 horas. Por conta disso eu tinha inúmeros problemas para levantar cedo, ir para a aula, por exemplo. Depois que entrei no mercado de trabalho, as dificuldades aumentaram”, lamenta. Carolina atribui seu cansaço atual ao fato de pensar demais nas tarefas do dia seguinte na hora em que deveria descansar. Ela nunca tentou algo para melhorar seu quarto. Seu único aliado contra o árduo cansaço é um chazinho antes de ir para a cama.

Enquanto uns não buscam formas de solucionar esse pesadelo frequente, outros vão atrás da realização de um sonho. Foi o que fez a advogada Aline Resende, 25, que tem problemas para dormir desde criança. Ela conta que tentou vários meios, como homeopatia, escalda-pés, terapia e até remédio controlado. Depois de várias tentativas, ela adaptou seu cantinho para ter mais qualidade na hora do descanso: “Não tenho televisão no quarto. Eu o projetei para ser um ambiente aconchegante e acolhedor, e isso me ajuda demais a relaxar e pegar no sono. Acho essencial que o quarto e, principalmente, a cama sejam acolhedores. Além disso, tem de estar escuro e fresco”. Com ideias simples, Aline melhorou a qualidade de suas noites. Às vezes, a solução dos problemas pode estar nos pequenos detalhes que passam despercebidos. Que tal experimentar também?



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