sexta-feira, 5 de junho de 2015

A Síndrome do Edifício Doente e os sintomas associados

Saiba como essa síndrome pode causar doenças compartilhadas e quais são as formas de combater o problema.
Texto: Letícia Maciel/Ilustração: Mauro Nakata

Fique atento com a higienização do ar-condicionado. O barulho ou ruído que o aparelho faz
pode causar irritabilidade e estresse. Ilustração: Mauro Nakata 

Começa assim: um colega de trabalho tosse, outro espirra, o chefe reclama de dor de cabeça e você sente aquela fadiga que incomoda muito. Diversos sintomas no mesmo local de trabalho. Estranho, não é? E quando esses sintomas desaparecem completamente depois que você sai do trabalho, qual será o significado?

A Síndrome do Edifício Doente (SED) é quando uma parcela significativa de ocupantes de um edifício apresenta sintomas persistentes como alergias, tosses, dor de cabeça e garganta, irritação nos olhos e demais sintomas corriqueiros. “Por falta de informações, a Síndrome do Edifício Doente é comumente confundida com outras enfermidades, como alergias, gripes e resfriados”, afirma o Dr. Clovis Cechinel, médico do setor da Medicina do Trabalho do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica.

A SED tem basicamente de quatro fontes principais: biológica -bactérias, fungos e vírus; química – monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio (combustão de GLP e cigarros), formaldeído - preservação de tecidos e mobiliários; partículas respiráveis - microfibra de amianto, lã de vidro, fibras naturais, poeira/pólen. “Além destas quatro principais, existem também as estruturais, provenientes de ruídos, renovação do ar e umidade e iluminação”, revela Dr. Cechinel. Quando se fala sobre SED, muitas pessoas ligam o problema a qualidade do ar interior, mas não necessariamente o ar interior é o principal problema. “A SED não provoca doenças, mas colabora para agravar males em pessoas pré-dispostas ou pode provocar um estado passageiro”, diz o especialista. 

OS VILÕES 

Poeira e mofo: a utilização de carpetes, cortinas e até arquivos mal conservados podem proliferar a doença. “Estes soltam microfibras e todo tipo de poeira, fungos e ácaros. O ideal é evitar ou higienizá-los constantemente”, afirma Cechinel.

Ar condicionado: Esse aparelho quando não higienizado com frequência e de forma correta pode causar e agravar problemas respiratórios como bronquite, asma e rinite. Aparelhos que fazem barulho ou ruído podem irritar e causar estresse. Os principais problemas relacionados com o sistema de ar-condicionado são: temperatura inadequada de operação, velocidade do ar, umidade abaixo ou acima do recomendável, níveis elevados de materiais particulados, surgimento de bactérias, fungos e protozoários.

Substâncias tóxicas: Alguns móveis modernos utilizam madeira aglomerada com produtos químicos sintéticos à base de formaldeído, e os carpetes geralmente são fixados com cola sintética. “Estas substâncias tendem a evaporar lentamente no ambiente, podendo ser muito prejudiciais à saúde”, declara Cechinel. É preciso ter cuidado até com produtos usuais de limpeza, mesmo aqueles com cheiro bom, pois estes podem liberar vapores nocivos ou irritantes que permanecem no ar por longo tempo após seu uso. 

PARA COMBATER O PROBLEMA

Algumas atitudes simples podem ajudar a combater a SED. Veja:
Tenha plantas no ambiente de trabalho. As samabaias por exemplo, absorvem os poluentes presentes no ar, melhorando a respiração. (Existe uma postagem anterior com uma lista de plantas)

Se o local de trabalho vai ser reformado é necessário ficar de olho nos materiais que vão ser usados. Evite os produtos com solventes. 

Os aparelhos de ar condicionado devem ser higienizados com frequência. Procure empresas específicas que garantem a qualidade de novos filtros e a limpeza correta. 

Caso o local de trabalho possua arquivos antigos, será necessário fazer uma limpeza para combater a poeira e o mofo.

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